ENGENHEIROS DO EXÉRCITO AMERICANO ESTENDEM POR MAIS 60 DIAS A DECISÃO FINAL SOBRE O OLEODUTO LINHA 5 EM TÚNEL SOB O LAGO DE MICHIGAN

A tão esperada revisão federal de um plano para um túnel de oleoduto sob os Grandes Lagos está oficialmente em andamento. Os oficiais do Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos lançaram um período de 60 dias, a partir de ontem (15) em que o público pode ajudar a determinar o escopo dos problemas e quaisquer alternativas ao plano de uma empresa de energia canadense de construir um túnel sob o Estreito de Mackinac, em Michigan, para abrigar um oleoduto e um gasoduto. Espera-se que a agência federal receba uma boa quantidade de comentários públicos sobre o plano desafiador, que exige que o oleoduto subaquático da Linha 5 d Enbridge, que corre ao longo das terras baixas do Lago Michigan, seja redirecionado para um novo túnel a ser construído através do leito rochoso sob o lago.

Os engenheiros do Exército pretendem garantir que todas as vozes sejam ouvidas em um processo público aberto e transparente, disse o comandante do distrito de Detroit, tenente-coronel Brett Boyle (foto à direita). Esse período ajudará a identificar áreas para revisão aprofundada, como propriedades históricas, qualidade da água, efeitos ambientais gerais e outras questões, disse Boyle. Os próximos dois meses ajudarão a estabelecer parâmetros para o que se espera que seja uma avaliação ambiental completa do plano do túnel. Essa avaliação de impacto ambiental, em última análise, ajudará os engenheiros a decidir se aprovam ou negam o plano do túnel, ou aprovam com condições.

Os comentários públicos serão aceitos por escrito, e as autoridades disseram que as reuniões públicas online e presenciais devem ser agendadas dentro desse período para também aceitar comentários verbais. O Petronotícias conversou com o empresário Paulo Fernandes (foto à esquerda), Presidente da Liderroll, que tem em interesse direto na obra. Sem a tecnologia da empresa brasileira, lançar sete quilômetros de um duto de 36 polegadas dentro de um túnel de cinco metros de diâmetros, com forte declive e outro aclive significativo sob o lago, é praticamente impossível. Não há outra alternativa no mundo: “Como fizemos há cerca de dois meses, estamos querendo acompanhar de perto essas audiências públicas para estar a par do que está acontecendo na relação entre a empresa e o governo de Michigan, além de subsidiar o próprio Corpo de Engenheiros do Estado com informações precisas e seguras da nossa tecnologia. Vamos poder mostrar o nível de segurança e eficiência para lançar dutos em ambientes confinados, onde não pode haver soldas ou movimentação de guindastes, já amplamente comprovada aqui no Brasil em obras para a Petrobrás”.

O prazo final para comentários durante esse período é 14 de outubro deste ano. Nações tribais, organizações e indivíduos podem avaliar o plano do túnel. Dois períodos anteriores de comentários públicos em 2020 sobre o plano do túnel receberam mais de 15.000 comentários públicos e posições tribais. Este é o último passo em uma luta de anos sobre esta seção da Linha 5, um oleoduto duplo de quase 70 anos no leito do lago que transporta diariamente 23 milhões de galões de petroquímicos. Aqueles de ambos os lados da controvérsia disseram que estavam ansiosos para que a revisão federal fosse adiada.

As autoridades da Enbridge disseram que os processos de licenciamento estaduais e federais orientam o calendário do túnel e esperam que os apoiadores participem, pois pretendem colaborar nas revisões públicas: Michael Barnes (foto à esquerda), porta-voz da empresa canadense disse que a Enbridge está comprometida em trabalhar com o Corpo para reduzir os impactos ambientais da construção e operação. “Uma vez concluído, o túnel tornará a travessia da Linha 5 do Estreito ainda mais segura, criando empregos em Michigan e garantindo a energia necessária para os consumidores em Michigan e na região”, afirmou.

Para lembrar, a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer (foto à direita), revogou a servidão das terras baixas dos Grandes Lagos e ordenou o fechamento da linha 5 em 2020, o que desencadeou vários processos entre autoridades estaduais de alto escalão e a empresa. No ano passado, um juiz federal decidiu que o processo entre o governado e a gigante canadense de transporte de combustível deveria permanecer sob jurisdição federal. Reguladores ambientais estaduais já aprovaram licenças para a Enbridge construir o túnel, bem como a Autoridade do Corredor do Estreito de Mackinac. No entanto, um ouro juiz federal recentemente restabeleceu um desafio legal tribal às licenças. No entanto, um às licenças emitidas pelo Departamento de Meio Ambiente, Grandes Lagos e Energia de Michigan (EGLE). As licenças EGLE não são a palavra final sobre o plano do túnel da Enbridge, que ainda precisa obter uma aprovação federal semelhante e uma longa revisão pela Comissão de Serviço Público de Michigan (MPSC), que recentemente buscou mais detalhes sobre os planos do túnel da empresa. O mais cedo que o túnel poderia ser concluído é estimado para 2028. Os custos foram estimados giram em torno de US$ 1,2 Bilhões.