ENGENHEIROS DO EXÉRCITO AMERICANO SOFREM PRESSÕES MAS DEVEM LIBERAR LOGO A APROVAÇÃO DO OLEODUTO SOB O LADO DE MICHIGAN
O oleoduto Linha 5, que atravessa Wisconsin e Michigan, nos Estados Unidos, ganhou uma batalha importante no mês de dezembro: o oleoduto poderá ser construído sob os grandes lados, dentro de um túnel, a cerca de 70 metros abaixo do leito das águas. Enquanto se aguarda estudos e aprovações federais, que estão sendo finalizados pelo corpo de engenheiros do Exército americano baseado em Michigan, a Enbridge Energy, com sede no Canadá, construirá uma nova seção de oleoduto e túnel sob os Grandes Lagos, apesar da ampla oposição indígena. O gasoduto de 70 anos se estende de Superior, Wisconsin, passando por Michigan até Sarnia, Ontário, transportando até 540.000 galões de petróleo e gás natural líquido por dia. Faz parte de uma rede de mais de 3.700 quilômetros de oleodutos que a empresa opera nos EUA e Canadá, incluindo o oleoduto da Linha 3 em Minnesota, onde centenas de oponentes protestarem contra a construção, incluindo cidadãos e membros do Red Bando do Lago dos Índios Chippewa e Bando da Terra Branca dos Ojíbuas.
A Enbridge Energy, com o apoio do governo canadense, está esperando as aprovações finais para construir um novo oleoduto, em projeto previsto de investir cerca US$ 500 milhões para substituir uma seção subaquática da Linha 5 no Estreito de Mackinac, enquanto enfrenta ações judiciais apoiadas por dezenas de nações indígenas, bem como pelo estado de Michigan. Houve um acidente com a âncora de um navio que arrastou a tubulação do oleoduto e por pouco não causa um acidente de proporções gigantescas, porque a água dos lagos abastecem as populações de várias cidades nos Estados Unidos e Canadá. O oleoduto dentro do túnel, resolve o problema. No Brasil, a empresa Liderroll, que está sendo consultada para fazer o lançamento dos dutos sob um tonel de sete quilômetros com um declve acentuado e um aclive ainda mais rigoroso, aguarda a decisão final para dar prosseguimento às conversações.
Uma preocupação fundamental é o risco do envelhecimento do oleoduto dentro dos Grandes Lagos, que representam mais de um quinto da água doce superficial do mundo, segundo os ambientalistas americanos. As preocupações ambientais são tão grandes que, há três anos, a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, ordenou que os oleodutos duplos de Enbridge, que percorrem 6,4 quilômetros no fundo do Estreito de Mackinac, cessassem as operações. A Enbridge resistiu aos apelos para cessar as operações da Linha 5. Em vez disso, a empresa alega que tem o direito de continuar operando lá, citando um acordo de 1992 com a tribo Band River e está planejando redirecionar o oleoduto o mais rápido possível. A empresa também argumenta que a construção de um novo gasoduto 30 metros abaixo do leito do lago, através do Estreito de Mackinac, eliminará a possibilidade de um derramamento: “A Linha 5 representa pouco risco para os recursos naturais e culturais, nem põe em perigo o modo de vida das comunidades indígenas”, disse o porta-voz da empresa, Ryan Duffy(foto a esquerda). “A linha 5 é operada com segurança e colocar a linha em um túnel bem abaixo do leito do lago no Estreito de Mackinac servirá apenas para tornar um oleoduto ainda mais seguro.”
Para esse fim, Enbridge compareceu com sucesso perante a Comissão de Serviço Público de Michigan, o principal regulador de energia do estado, este mês e obteve permissão para construir um novo túnel de concreto sob o canal que conecta o Lago Michigan e o Lago Huron. A comissão citou a necessidade do petróleo bruto leve e dos líquidos de gás natural que o gasoduto transporta, e disse que outras alternativas, como dirigir, transportar por caminhão ou transportar por barcaça ou trem, aumentariam o risco de derramamento. A aprovação da comissão contradiz os esforços do governador Whitmer para encerrar o gasoduto. Os nomeados pelo governador no conselho votaram a favor da licença. A aprovação não significa que o projeto terá continuidade, mas é animador para a empresa que busca autorização federal. O Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA está em processo final e entregará o projeto no início de 2024. para o projeto. Nesse ínterim, a Linha 5 recebeu muito apoio do governo do Canadá, onde a Enbridge Energy está sediada.
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