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ENQUANTO O BRASIL PATINA E TROPEÇA NA BUROCRACIA PARA GERAR RADIOFÁRMACOS, A ARGENTINA VAI AMPLIAR SUA PRODUÇÃO

argntinaEnquanto o Brasil tropeça na burocracia para construir o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e ainda veta a possibilidade de privatizar o setor, proporcionando acesso a medicamentos usados pela medicina nuclear, a Argentina vai nadando de braçada para ampliar a sua produção de radiofármacos. A Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) argentina e os especialistas em construção nuclear da INVAP realizaram um workshop focado no projeto da instalação que fará parte do complexo ao lado do novo reator multifuncional RA-10, um reator de pesquisa de piscina aberta de 30 MWt – que está sendo construído no Centro Atômico de Ezeiza, na província de Buenos Aires, para substituir o reator RA-3 no mesmo local. O RA-10, que deverá estar pronto para operação em 2026, será utilizado para a produção de radioisótopos médicos, bem como para testes de irradiação de combustíveis e materiais nucleares avançados e de nêutrons.

Quando estiver em funcionamento, o RA-10 terá capacidade para cobrir 20% da procura mundial do radioisótopo molibdenio-99, do qual se obtém o tecnécio, afirma a CNEA, acrescentando que também será possível produzir outros radioisótopos que são não fabricados no país, como o lutécio, usado no tratamento de câncer de próstata e em outras patologias. A nova instalação permitirá que os alvos irradiados no reator RA-10 sejam processados em escala industrial e obtenham a produção sustentada de ambos os radioisótopos e, em termos de exportação, colocará o país em um nível semelhante aos Países Baixos, Bélgica, África do Sul, Rússia e Austrália. De acordo com relatório do workshop publicado pela CNEA e INVAP o objetivo é concluir a revisão de engenharia conceitual em julho.

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