ENSEADA ENTREGA CASCOS DE QUATRO PLATAFORMAS E FOCARÁ NO MERCADO DE FPSOS
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Com um investimento de R$ 3 bilhões ao longo dos últimos anos, o estaleiro Enseada já mira no seu planejamento estratégico para dar novos e importantes passos. A empresa entregou recentemente os cascos das plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77, unidades estas que agora estão sendo concluídas em seus estaleiros integradores. De acordo com o diretor de operações do Enseada, Mauricio de Almeida, o foco agora será no mercado de FPSOs. “ Apresentamos estudos, inclusive, na visão da Enseada, que é possível fazer cascos, mesmo que não seja totalmente no Brasil, mas uma fatia aqui e outra no exterior, com soluções de engenharia para integrar essas duas partes”, detalhou o executivo. Almeida defende também a permanência da política de conteúdo local como elemento de incentivo para o desenvolvimento do mercado nacional. “É de conhecimento geral que quando você tem escala de projetos, acaba melhorando a produtividade gradativamente. E é isso que nós precisamos fazer no Brasil. É possível fazer sim obra com conteúdo local”, concluiu.
Qual tem sido o foco atual da Enseada?
Temos um estaleiro onde investimentos em muita tecnologia. As instalações estão prontas e nossa equipe tem bastante know-how e motivação. Apesar de estarmos enfrentando essa crise de falta de encomendas, mostramos que é sim possível fazer navios, módulos e projetos complexos num estaleiro brasileiro.
Quanto foi investido ao longo dos últimos anos e qual o planejamento de aplicação de recursos daqui para frente?
Nós já investimos em torno de R$ 3 bilhões no estaleiro Enseada. Atualmente nós paramos com investimentos. O estaleiro está com mais de 92% de completação. Está quase todo concluído. Mas nós paramos e suspendemos a conclusão. Na verdade, o estaleiro foi planejado para ser executado em fases. Então, nós paramos as últimas etapas de implantação do estaleiro até que tenhamos uma previsibilidade um pouco maior de como vai ser o cenário de construção naval e offshore aqui no Brasil.
E qual a perspectiva para os próximos anos, tendo em vista os últimos leilões e os próximos que virão?
Eu acredito que a perspectiva é muito positiva. E o viés está sendo de bastante otimismo da indústria como um todo. E nós esperamos poder contribuir com serviços de construção naval e offshore usando nossas instalações na Bahia.
Como o senhor vê o debate sobre o conteúdo local?
Nós somos um defensor do conteúdo local, não como forma de proteção da indústria nacional, mas como forma de incentivo, para que ela, com escala de projetos, consiga buscar patamares de competitividade internacional. É de conhecimento geral que quando você tem escala de projetos, acaba melhorando a produtividade gradativamente. E é isso que nós precisamos fazer no Brasil. É possível fazer sim obra com conteúdo local.
Poderia mencionar algum projeto recente da empresa que reforça a capacidade da indústria nacional?
Fizemos conversão de casco de VLCC (Very Large Crude Carrier) em FPSO com bastante conteúdo local. Estávamos construindo as drillships com conteúdo local superior a 50%. A experiência pregressa dos integrantes do Enseada de entrega de embarcações com conteúdo local superior a 70%… acreditamos sim na competência do brasileiro e do engenheiro brasileiro. É possível fazer projetos de alta complexidade no Brasil com conteúdo local. Tecnicamente falando, é completamente viável.
E qual será o foco do estaleiro a partir de agora?
Nós entregamos os cascos das plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77. Eles estão sendo concluídos nos estaleiros integradores. Nós estamos mirando no mercado de FPSOs agora. Apresentamos estudos, inclusive, na visão da Enseada, que é possível fazer cascos, mesmo que não seja totalmente no Brasil, mas uma fatia aqui e outra no exterior, com soluções de engenharia para integrar essas duas partes. Então, nosso foco está sendo no mercado de FPSO.
Muito legal o otimismo
Parabéns Maurício pelo excelente trabalho
Não se deve confundir entregar casco com reformar casco. Pois foi isto que Enseada fez. A diferença é grande em termos de projeto e serviços. Foram cascos de VLCC ou ULCC que foram transformados para ser FPSO.
Meus amigos, vamos ser mais patriotas. Para que serve jogar balde de água fria ou de pessimismo em cima dos que acreditam no Brasil?. Devemos acreditar em nosso País para que grandes projetos sejam realizados aqui, gerando riquezas para todo a nação. Sabe quantos vagas de trabalho diretas e indiretas são geradas com a construção de apenas um FPSO no Brasil? Milhares. Devemos ou não lutar para que esses projetos não sejam levados para a China, Coreia do Sul, Singapura ou Japão? Sim, devemos defender a indústria nacional e o conteúdo local. TODOS NÓS JUNTOS POR UM BRASIL MELHOR (TODOS… Read more »
Parabéns Maurício,
As dificuldades não são poucas porém, não se constrói absolutamente nada sem dedicação e, acima de tudo, otimismo.
Vá em frente e que encontrem o sucesso.
Parece piada esta entrevista. O Enseada – EEP (propriedade das grandes e honestas Odebrecht, UTC e OAS) não conseguiu entregar nem o casco da P-74 mesmo com mais de ano de atraso no Inhaúma. Os outros três cascos então… não colocou uma chapa nova, foram todos convertidos na China pelo COSCO. Marketing virando notícia mentirosa só mesmo no Brasil ou republiquetas latinas… Todos os quatro cascos são casos de política como foram os cascos dos Replicantes da Engevix/Ecovix. Todos estão sendo pagos aditivos para conclusão pelos estaleiros integradores que de bobos não tem nada – faturam duas vezes. Enquanto centenas… Read more »
Falou tudo! Acaso essa reportagem foi paga? Muita sacanagem colocar esse tipo FAKE NEWS no Petronotícias…
3 desses quatro cascos nem sequer adentraram no estaleiro da enseada. O único que foi foi devolvido com menos de 70% de trabalho entregue e vem me falar essa ladainha!
Que mentira deslavada