ABIOGÁS ESCOLHE NOVO PRESIDENTE E ESPERA QUE PRODUÇÃO BRASILEIRA CHEGUE A 30 MILHÕES DE METROS CÚBICOS EM 2030
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A Associação Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás) está sob novo comando: Alessandro Gardemann foi escolhido para ser o presidente-executivo da entidade, que tem por objetivo promover a inserção definitiva do biogás e do biometano na matriz energética brasileira. Gardemann apontou os próximos passos a serem dados pelo segmento, como a regulação da produção de biometano a partir de resíduos sólidos urbanos – o que deve acontecer no segundo semestre. Na visão do executivo, outro ponto importante para o setor é vencer o desconhecimento do mercado em relação ao combustível. “Com certeza ainda há muito desconhecimento em relação às vantagens da fonte. Nossa grande luta é mostrar que é o biogás é viável e econômico“, afirmou. O presidente-executivo da ABiogás também traçou as metas para o futuro do setor. Segundo ele, a meta é elevar a produção nacional a 30 milhões de metros cúbicos por dia até o ano de 2030.
Quais são seus principais planos à frente da ABiogás?
Queremos dar continuidade ao trabalho que já estava sendo feito. Tivemos nos últimos anos atividades importantes, como a elaboração da proposta do Programa Nacional de Biogás e Biometano. A meta dele é oferecer, às autoridades dos setores da energia, as informações necessárias para que o País elabore uma política pública específica para o biogás e o biometano.
Tivemos importantes programas que foram desenvolvidos na gestão anterior. Agora, queremos continuar dando apoio ao Renovabio, um plano nacional do governo para desenvolvimento do setor de biocombustíveis. Além disso, visamos o desenvolvimento de mercado de geração distribuída e a participação do biocombustível em leilões estruturantes. Por fim, acreditamos que o biometano é o energético que se apresenta como melhor alternativa para o uso em veículos pesados.
Quais são as principais atividades da associação atualmente?
Nós estamos organizando eventos para tratar de assuntos relevantes para o setor. Recentemente tivemos um seminário sobre o Renovabio. E para o segundo semestre, estamos preparando a nova edição do Fórum de Biogás, um evento de interesse amplo e que aborda tudo relacionado à fonte.
Existe ainda alguma questão regulatória que precisa ser resolvida dentro do setor?
O Brasil precisa terminar de regular o biometano produzido a partir de sólidos urbanos. Essa parte ainda não está regulada, mas temos a expectativa de que esse processo seja concluído no começo do segundo semestre deste ano.
E quais são hoje os principais desafios do segmento?
Acredito que precisamos mostrar aos empreendedores do País os benefícios econômicos e ambientais. Com certeza ainda há muito desconhecimento em relação às vantagens da fonte. Nossa grande luta é mostrar que é o biogás é viável e econômico.
Quais são as metas de crescimento do mercado de biogás para o futuro?
Com o ambiente regulatório pronto, tudo fica mais fácil. Temos uma meta ambiciosa de elevar a produção brasileira para 500 mil metros cúbicos de biometano ao dia até 2019. Em 2030, queremos elevar esse volume para 30 milhões de metros cúbicos diários.
O que deve ser feito para ampliar a participação desta fonte?
A ABiogás tem algumas propostas importantes para o biometano. O estado de São Paulo está trabalhando para admitir o biometano numa mistura ao gás natural, de forma semelhante ao que já acontece no Rio de Janeiro. Além disso, o Renovabio dará um impulso no setor e será uma solução para ampliar a produção de biocombustíveis. O biometano é uma solução de combustível que resolve a questão de emissões de gases poluentes, já que é um combustível renovável produzido a partir da degradação de materiais orgânicos tais como resíduos, efluentes orgânicos e outras fontes de biomassa.
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