ASVOTEC INAUGURA CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PARA OFERTAR NOVOS PRODUTOS PARA SETOR DE ÓLEO E GÁS
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Provando o potencial e força da indústria nacional de fornecedores, a Asvotec inaugurou recentemente o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Combustão, dentro de sua fábrica em Monte Mor (SP). A unidade será um laboratório de testes para pesquisa aplicada, para validação de equipamentos e sistemas de combustão para a indústria, em especial os segmentos de óleo e gás, petroquímico, saneamento e correlatos. O centro possui um flare de 12 metros de altura e um queimador de grande porte. “Nossa meta é aperfeiçoar e desenvolver produtos que a empresa já projeta e fabrica. Queremos desenvolver novos produtos ainda mais modernos e mais eficientes“, explicou o diretor da Asvotec, Christian Mader. O executivo também revela os planos de expansão dos negócios da companhia no exterior, em especial na América Latina.
Poderia detalhar um pouco a atuação da Asvotec no mercado?
Somos uma empresa nacional com 50 anos de atuação no mercado, projetando e fabricando equipamentos tecnológicos, soluções de engenharia e trabalhando em toda a indústria de base. Nós fornecemos engenharia própria. Vendemos soluções de engenharia por meio de um equipamento. Mesmo em produtos mais padronizados, nos destacamos através da engenharia.
Nós temos demonstrado que o mercado de óleo e gás brasileiro tem indústria tecnológica. Existe esse estigma de que a indústria brasileira é aquém, o que é uma inverdade. Temos um polo de óleo e gás muito desenvolvido. Hoje, dois terços do nosso faturamento são de óleo e gás.
Quais os objetivos da empresa com a inauguração desse Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Combustão?
O objetivo é ter um centro de pesquisa e desenvolvimento de produtos e sistemas de combustão, tais como tochas (flares), pilotos, queimadores e todos os sistemas periféricos e correlatos, tais como painéis de ignição, sistema de detecção de chama e os seus sistemas de controle, que são utilizados na indústria de base, em especial a de óleo e gás, petroquímica, siderúrgica e afins. Nossa meta é aperfeiçoar e desenvolver produtos que a empresa já projeta e fabrica. Queremos desenvolver novos produtos mais modernos e mais eficientes. A unidade também vai possibilitar validar produtos na prática por meio de testes laboratoriais e simulação.
O senhor mencionou a fabricação de novos equipamentos. Poderia detalhar isso?
Queremos oferecer novos produtos em cima de tecnologias já consagradas no mercado. Por exemplo, queimadores de baixa emissão já existem, mas pretendemos desenvolver queimadores que aliem baixa emissão, otimização no processo de queima e redução de custos do equipamento. A nossa visão é fornecer um equipamento ou produto que tenha melhor performance e com custo mais baixo.
Como o centro pode beneficiar o setor de óleo e gás?
Ele vai beneficiar a indústria com tecnologia nacional. Existe hoje uma gama de produtos que é de domínio estrangeiro. Esse centro é uma conquista para a indústria nacional, já que o Brasil passa a ter um player com tecnologia local e equipamentos bastante sofisticados. E isso será benéfico para a Petrobrás e indústrias químicas, por tabela, que terão mais um fornecedor qualificado para fornecer equipamentos confiáveis.
Hoje, no Brasil e no mundo, em especial nas Américas, essa área de combustão de produtos, queimadores e tochas (flares) está praticamente dominada por empresas americanas. Tem duas grandes multinacionais que dominam esse nicho. Com esse centro, teremos mais uma empresa apta a fornecer esses produtos para o Brasil e, futuramente para o exterior.
A empresa está buscando a expansão nos mercados da América Latina?
Nós buscamos. Estamos mapeando projetos na América Latina, que seria nosso foco inicial. Estamos participando de licitações e temos cadastros em empresas de óleo e gás. Nossos negócios no exterior ainda estão em escala pequena, mas estão em continuamente crescendo. Estamos fomentado esse processo de internacionalização de forma gradativa. E, atualmente, estamos na casa de 10% a 15% de exportação de produtos.
Quais são as perspectivas com o setor de óleo e gás?
As perspectivas são de retomada. Nós estamos percebendo um volume de negócios de forma sustentável. Nesses últimos seis meses, vimos um aumento de consulta e prospecção de novos projetos. Estamos percebendo um processo gradual de aumento de negócios, em especial em óleo e gás e petroquímica.
Qual é o planejamento de crescimento da Asvotec?
Nós prevemos um crescimento orgânico em especial na área de combustão, com destaque em óleo e gás em equipamentos de combustão, flare e sistemas correlatos de automação.
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