DOW APOSTA EM PESQUISA PARA PARA ATENDER À DEMANDA POR TECNOLOGIA NO SETOR DE ÓLEO E GÁS
Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –
A Dow investe cerca de US$ 500 milhões globalmente por ano em pesquisa e desenvolvimento no setor de energia, e o mercado brasileiro é um dos focos das inovações buscadas. A diretora comercial de petróleo e gás da Dow para a América Latina, Regina Oliveira, disse que a empresa quer acompanhar a expansão esperada na produção brasileira, principalmente por causa do pré-sal, e desenvolver produtos para atender à nova demanda.
Buscando parcerias para o Ucasorb, novo produto para a separação de líquidos do gás natural liquefeito, a Dow participa de mais uma edição da feira Rio Oil & Gas. Além da novidade, a empresa expõe novamente as soluções apresentadas em 2012, que, aos poucos, vão se consolidando no mercado.
Como você avalia atualmente o mercado brasileiro no setor de óleo e gás?
Está em franco crescimento. Até 2020, a expectativa é dobrar a produção de petróleo no Brasil e essa projeção está diretamente ligada ao pré-sal. A Dow quer acompanhar essa expansão.
Vocês planejam aumentar os investimentos no Brasil?
Nosso investimento global em Pesquisa e Desenvolvimento fica na ordem de US$ 1,7 bilhão por ano, sendo que 30% desse valor é destinado ao setor de energia. Como nossos investimentos são integrados, aproveitamos as oportunidades locais para desenvolver soluções para serem usadas no mundo todo e, por isso, não especificamos os resultados de cada região.
Qual é a expectativa da Dow para a Rio Oil & Gas?
Queremos aproveitar esse evento, que é visitado, principalmente, por empresas de toda a América Latina, para apresentar nossos produtos inovadores. O setor de óleo e gás representa um dos mercados estratégicos da Dow, principalmente no Brasil. Por necessitar de tecnologias extremas, o pré-sal é o alvo mais importante de nossos negócios.
O que a Dow está apresentando na feira?
A maior novidade que vamos apresentar é o Ucasorb, usado na separação dos líquidos do gás natural liquefeito (GNL). A ideia é reaproveitar sem queimar ou gerar resíduos. Entre suas características principais estão: facilidade de uso; mínima intervenção de operação; baixa perda de carga por todo o sistema; tamanho reduzido; gastos operacionais e de capital reduzidos; capacidade de lidar com condições variadas no gás de entrada; e demanda mínima de energia.
O que mais?
Além disso, vamos focar no que já foi apresentado em 2012, pois nossos lançamentos demoram até se tornarem realidade e estão começando a ser reconhecidos pelo mercado agora. Dentre os produtos que vamos apresentar, está o Demtrol, que é uma linha de desemulsificantes de alto desempenho que atuam como desestabilizadores da emulsão do petróleo bruto, oferecendo maior eficiência na quebra da emulsão, separando o óleo da água e do sal. A solução, desenvolvida na nossa unidade no Guarujá, tem alta eficiência a baixas temperaturas, de modo a reduzir os gastos necessários para aquecer o petróleo.
Há outras soluções novas?
Mostraremos também o Hyperlast, um isolamento térmico de tubulações para garantir o escoamento em atividades onshore e offshore. Esse material permite um excelente fluxo de óleo, melhorando a eficiência do processo de produção, refino, etc. O Hyperlast foi desenvolvido integralmente no laboratório de aplicações técnicas de Jundiaí.
E, por último, temos a linha Romax, de clarificadores de água, que ajudam a remover petróleo residual da água antes que esta seja liberada no oceano, demonstrando a preocupação da Dow com o impacto ambiental das atividades offshore. Esses produtos têm um perfil de baixa toxicidade e são compostos por componentes básicos naturais. Temos muitas outras soluções em uma linha extensa, que vai do poço ao posto.
A Dow vai buscar quais tipos de parcerias?
As parcerias dependem de cada linha dos produtos que vamos apresentar. O Romax e Demtrol são voltados a empresas de serviço de tratamento de óleo, enquanto o Ucasorb será apresentado às operadoras, como a Petrobrás.
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