APÓS RECEBER PRÊMIO DA ANP, INVISION BUSCA NOVAS OPORTUNIDADES NO MERCADO DE DADOS SÍSMICOS | Petronotícias




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APÓS RECEBER PRÊMIO DA ANP, INVISION BUSCA NOVAS OPORTUNIDADES NO MERCADO DE DADOS SÍSMICOS

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) – 

Igor BragaA Invision Geophysics surgiu a partir de um grupo de pesquisas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Sua ligação com a universidade é bastante forte, desde a captação de mão de obra, até a utilização de laboratórios, passando por palestras e apresentações para os universitários. Em dezembro, um projeto desenvolvido pela empresa em conjunto com a Petrobrás foi finalista do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica na categoria “Inovação Tecnológica desenvolvida no Brasil por micro, pequena ou média empresa fornecedora em colaboração com empresa petrolífera”. Foi desenvolvido um software para processamento sísmico especial e inversão de AVO de alta resolução, atividades muito importantes para a fase de exploração. O presidente da Invision Geophysics, Igor Braga, destacou a relevância do desenvolvimento dessa ferramenta no país, já que até hoje as empresas tinham de importar essa tecnologia. Igor também comentou o ano de 2014 da empresa, como a perda de um de seus grandes clientes, a OGX. Apesar do momento complicado da cadeia de óleo e gás, a  Invision Geophysics segue buscando novos parceiros para desenvolvimento de novas pesquisas.

Como foi criada a Invision Geophysics?

A Invision Geophysics surgiu a partir de um grupo de pesquisas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Temos atualmente um campo avançado em Macaé, chamado ENEP. Esse era um laboratório que lidava com dados de exploração e produção. Era um grupo de pesquisadores que reuniu tudo o que produziu e formou uma empresa.

Qual a relação da empresa com a UENF?

Hoje em dia a UENF é um berçário de mão de obra, que futuramente integra nosso quadro de funcionários. Muitos dos nossos geofísicos e profissionais de outras graduações vêm de lá. Temos uma alta integração com a universidade também pela utilização dos seus laboratórios e pelas constantes palestras e apresentações que realizamos lá.

Como foi formada a parceria com a UENF e com a Petrobrás para o desenvolvimento do projeto vencedor do prêmio ANP?

O principal fomentador da reunião dos responsáveis pela Invision Geophysics é a própria Petrobrás. Os criadores do ENEP são os fundadores da empresa. Foi feito um convite por parte Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes) para que desenvolvêssemos essa ferramenta. Além da que concorreu ao Prêmio ANP, nós criamos e aperfeiçoamos outras.

É possível explicar melhor a tecnologia vencedora?

Nós fomos finalistas entre 40 empresas inscritas. Nós éramos a única empresa de geofísica. Ficar com essa segunda colocação é uma vitória para nós.

Nós desenvolvemos um software para processamento sísmico especial e inversão de AVO de alta resolução. Esse tipo de dado é o mais utilizado em processos de exploração.

Que tipo de vantagens as empresas de petróleo e gás têm com os produtos desenvolvidos pela empresa?

Essa é uma tecnologia que somente nós possuímos no Brasil, o que torna as empresas nacionais “livres” do custo de contratar uma solução importada.

Quais os principais clientes da Invision Geophysics?

Nós atendemos diversas companhias, como a Petrobrás, Brasoil e a própria ANP, desenvolvendo testes. Nós também atendíamos à OGX antes de surgirem alguns problemas na empresa e a Vale, quando essa ainda tinha um setor de óleo e gás.

Qual a expectativa da empresa para 2015?

O ano de 2014 foi bastante complicado para o setor. Diversos problemas na Petrobrás levaram muitas empresas a uma redução drástica nos seus faturamentos. O mercado ainda está se recuperando. Particularmente, perdemos muito com a saída dos projetos que tínhamos com a OGX. Mas o mercado tem dado sinais de melhora, o que nos faz projetar um ano melhor.

Nosso objetivo é continuar investindo em pesquisa, já que esse é o nosso setor primordial. Vamos continuar procurando parceiros para seguir desenvolvendo projetos de pesquisa.

Como a empresa avalia o atual momento do mercado de petróleo e gás brasileiro?

Ultimamente, o mercado tem estado bem receoso em fechar novos projetos. Os investimentos têm sido mais concentrados na área de produção, requisitando em grande parte a área de engenharia. Parece que, agora com a virada de ano as coisas podem melhorar. Os escândalos da Petrobrás abalaram profundamente o mercado de óleo e gás. Nossa empresa, apesar do nosso porte, também foi abalada pelos recentes casos.

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