EPE FAZ MAPEAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE CINCO NOVOS GASODUTOS NO BRASIL QUE PODEM RESULTAR EM R$ 20 BILHÕES DE INVESTIMENTOS | Petronotícias




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EPE FAZ MAPEAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE CINCO NOVOS GASODUTOS NO BRASIL QUE PODEM RESULTAR EM R$ 20 BILHÕES DE INVESTIMENTOS

EPEAgora só falta sair do papel. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou o Plano Indicativo de Gasodutos de Transporte (PIG), que soma quase de mil quilômetros e representam investimentos superior a R$ 20 bilhões. A EPE mapeou a construção de cinco novos gasodutos, confirmando a importância geopolítica que esta forma de transporte de combustíveis ganhou nos últimos anos. A ideia é reforçar a malha já existente e interiorizar a infraestrutura do gás, atendendo às necessidades das futuras termelétricas previstas na lei de privatização da Eletrobrás. O projeto prevê a construção de cinco novos gasodutos aos outros 17 projetos indicados pela EPE nos planos anteriores, de 2019 e 2020, e que totalizavam 6.349 km de extensão e investimentos de R$ 61 bilhões. A EPE prevê a contratação compulsória de 8 GW de termelétricas a gás natural, preferencialmente em regiões não atendidas por infraestrutura de gás.

O projeto Gasoduto Barcarena (PA) – Belém (PA) visa a ligar o futuro terminal de gás natural liquefeito (GNL) da New Fortress Energy, de Barcarena, à Belém, capital paraense. São 48,7 km de extensão, entre os municípios de Barcarena, Acará e Belém. A capacidade sugerida é de 4gasoduto cabiunas milhões de m³/dia. O gasoduto seria responsável pelo escoamento de do excedente da capacidade da planta de regaseificação, que está ancorada na demanda da termelétrica Novo Tempo, do consórcio Celba, e no consumo da Alunorte. A capacidade será de 15 milhões de m3/dia e de atender eventuais novas térmicas.

Já no caso do gasoduto Jacutinga (MG) – Uberaba (MG), os custos estão avaliados em R$ 6 bilhões e uma extensão de 320 km, cortando 12 municípios nos estados de Minas Gerais e 16 em São Paulo. Foi dimensionado com uma vazão de 6 milhões de m³/dia, passando por cidades como Franca (SP) e Poços de Caldas (MG). Ele objetiva levar o gás não só para o Triângulo Mineiro, como também pode funcionar como um primeiro passo para a expansão da malha até o Centro-Oeste – viabilizando as termelétricas previstas na região, pela lei de desestatização da Eletrobrás. Uma alternativa ao primeiro trecho do antigo projeto do Brasil gasoduto looopCentral,  – que prevê a conexão de São Carlos (SP) a Uberaba (MG), numa primeira fase, e de Uberaba a Brasília (DF) num segundo trecho. O gasoduto Jacutinga (MG) – Uberaba (MG) seria uma oportunidade de otimizar a utilização do gasoduto Gaspaj (Paulínia-Jacutinga),  teria acesso da malha da NTS e do  gás boliviano.

O quarto projeto é o Gasoduto Linhares (ES) – Governador Valadares (MG). Estimado em R$ 4,2 bilhões, tem 280 km de extensão e atravessa três municípios do Espírito Santo (Linhares, Colatina e Baixo Guandu) e seis de Minas Gerais (Aimorés, Conselheiro Pena, Galiléia, Itueta, Resplendor e Governador Valadares). Capacidade para 7 milhões de m3/dia. O gasoduto também poderia aumentar a demanda por gás natural ao longo do sistema Gasene. Além disso, poderia crescer para o interior do país a partir dele, conectando o Porto do Açu ao Terminal Cabiúnas (TECAB) da Petrobrás. É estimado em R$ 2 bilhões e 101 km de extensão, com vazão de 10 milhões de m³/dia. O traçado do projeto corta cinco municípios no Rio: São João da Barra, Campos dos Goytacazes, Quissamã, Carapebus e Macaé.

Projeto de R$ 7,3 bilhões, com 294 km de extensão, o Gasoduto Duque de Caxias (RJ) – Taubaté (SP) atravessa dez municípios no Rio de Janeiro (Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri,AQAQQAAQA Seropédica, Paracambi, Piraí, Pinheiral, Volta Redonda, Barra Mansa e Resende) e 13 em São Paulo (Bananal, Arapeí, São José do Barreiro, Areais, Silveiras, Cachoeira Paulista, Canas, Lorena, Guaratinguetá, Aparecida, Roseira, Pindamonhangaba e Taubaté). A vazão projetada é de 25 milhões de m³/dia. É uma alternativa de ampliação do escoamento do gás do pré-sal, da malha da NTS, para a malha da TBG. A capacidade de transporte de gás natural do estado do Rio de Janeiro até Paulínia (SP), atualmente, está limitada a cerca de 12 milhões m³. A NTS anunciou este ano um plano de negócios de R$ 12 bilhões para realizar este projeto.  O Maior projeto da NTS prevê a construção de 300 km de dutos, que permitirão aumentar em 24 milhões de m³/dia a oferta de gás do Rio até São Paulo, sobretudo no centro de consumo de Paulínia (SP). No PIG 2022, a EPE destaca o caráter fundamental das termelétricas, para ancorar os novos projetos de gasodutos propostos.

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