EPE PREVÊ QUE CONSUMO DE ELETRICIDADE NO BRASIL DEVE CRESCER 3,4% AO ANO ATÉ 2034
O consumo de eletricidade no Brasil deve totalizar 870 TWh em 2034, uma expansão média de 3,4% ao ano. Esse montante inclui consumo atendido pela rede como também suprido por micro e mini geração e por autoprodução local. A previsão consta no Caderno de Demanda de Eletricidade do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, publicado nesta semana pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O dado faz parte do cenário de referência do estudo.
O documento aponta que o consumo residencial deve crescer 3% ao ano no horizonte decenal, alcançando 226 TWh em 2034, quando espera-se ter 91 milhões de consumidores consumindo em média 202 kWh/mês. O caderno também revela que o consumo de eletricidade nas atividades de comércio e de serviços no país deve crescer em média 4,4% ao ano no horizonte decenal, chegando a 157 TWh em 2034. Já o consumo agregado nos segmentos rural, poder público, serviços público e consumo próprio terá um crescimento médio esperado de 4,3% ao ano.
No ramo industrial, o consumo deverá crescer 3%, somando 262 TWh em 2034. No setor de Papel e Celulose, a produção de celulose, mais intensiva em eletricidade, porém com grande parte de sua demanda suprida por autoprodução local, modera o consumo na rede do segmento, que deve aumentar 1,6% ao ano. Enquanto isso, o consumo na indústria química deve crescer cerca de 5% ao ano, embora seja condicionado a investimentos em infraestrutura de saneamento e petroquímica. No ramo de cimento, favorecido pelo crescimento econômico ao longo do horizonte, o consumo de eletricidade no setor deve aumentar em média 2,4% ao ano, alcançando 8 TWh em 2034. No mercado metalúrgico, o crescimento médio no consumo deve ser de 2,3% ao ano entre 2024 e 2034. Para tal há expectativa de bom desempenho dos segmentos de ferro e aço.
Como as classes de consumo crescem em ritmo distinto, a curva de carga ao longo do horizonte molda-se às necessidades horárias dos consumidores. Em 2034, espera-se que nos meses de junho a agosto o pico da carga ocorra no período noturno, enquanto nos demais meses, seja no período da tarde. Neste mesmo cenário, a carga de energia para atender a demanda, inclusive perdas, tem crescimento médio de 3,3% entre 2024 a 2034, alcançando 107 GW médios ao fim do período.
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