EPE SOFRE COM CORTE NO ORÇAMENTO E DESPERTA PREOCUPAÇÃO EM ASSOCIAÇÕES DO SETOR ELÉTRICO
Um início de ano com dificuldades para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal responsável pelo planejamento dos setores de petróleo, gás natural, energia elétrica e combustíveis. O presidente da companhia, Thiago Prado (foto principal), afirmou nesta semana que a EPE está sofrendo com um corte de 65% em seu orçamento. Com os recursos em falta, a empresa está sentindo impactos nas suas atividades de planejamento, justamente no momento em que a EPE está completando 20 anos de existência.
A situação de dificuldades na EPE ligou o sinal amarelo na indústria. O Fórum das Associações do Setor Elétrico (FASE) enviou uma carta ao Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, manifestando sua preocupação com a situação. De acordo com o FASE, o trabalho da EPE é “essencial para o desenvolvimento sustentável e eficaz do setor energético brasileiro”, além de ter um impacto direto na economia nacional, por meio da geração de empregos e contribuição para o crescimento do PIB, isto é, atrai investimentos e proporciona, em seu âmbito de atuação, mais arrecadação para o Governo Central.
Na carta, assinada pelo presidente do FASE, Mário Menel (foto à direita), a entidade pede que não haja contingenciamento adicional no orçamento da EPE para o ano de 2024. Além disso, a entidade defende também a liberação de valores contingenciados para o orçamento da EPE, de forma a permitir que o órgão cumpra suas obrigações e continue contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento do país.
“Vale ressaltar ainda que o bom funcionamento da governança setorial, com independência técnica, recursos e centralidade de planejamento, é condição fundamental para obtermos investimentos no futuro do Brasil, com a garantia de uma infraestrutura energética robusta e sustentável”, escreveu o presidente do FASE.
Enquanto isso, o presidente da EPE disse que está em negociações com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para integrar a Junta de Execução Orçamentária do governo. Esta junta inclui a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão), Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda). Durante um evento organizado pelo CanalEnergia, no Rio de Janeiro, Prado disse que espera que a situação melhore já nos próximos meses.
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