EQUADOR QUER RENEGOCIAR PREÇOS DAS VENDAS DE PETRÓLEO VENDIDOS EM 2011 PARA CHINESES E TAILANDESES
O Equador quer renegociar contratos no setor de petróleo com empresas da China e da Tailândia, que entregaram dinheiro ao país em troca de receber parte de sua produção da commodity até 2024. Agora, porém, os equatorianos argumentam que os termos do negócio geram perdas ao Estado. O Gerente-geral da empresa estatal Petroecuador, Byron Ojeda(foto), disse que já começaram as conversas e que os interesses do país serão defendidos. Para Ojeda as perdas para o Equador crescem a cada dia por causa dos contratos, mas que enquanto não houver solução para as divergências continuarão as entregas do produto como combinado.
As Petrochina e Unipec, ambas da China, e a PetroTailandia entregaram desde 2011 cerca de US$ 5,3 bilhões ao Estado equatoriano, em troca de uma parte da produção futura de petróleo, segundo uma fórmula que agora é questionada pela companhia equatoriana. Na época, estava no poder o presidente Rafael Correa, que buscava fontes alternativas de financiamento para levar adiante um ambicioso programa de infraestrutura. Correa considerou esses negócios não como uma dívida, mas sim como uma pré-venda de petróleo. Uma recente avaliação dos termos do convênio, porém, mostrou que o valor gerado pelo petróleo equatoriano no acordo chegaria a US$ 22 bilhões. Diante disso, os principais executivos da Petroecuador a Houston, nos Estados Unidos, para renegociar com representantes da Petrochina e da Unipec. Na próxima semana farão o mesmo com a PetroTailandia.
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