EQUIPAMENTOS DA PETROBRÁS NÃO SÃO CAPAZES DE DETER O ÓLEO NO NORDESTE ANTES DE CHEGAR ÀS PRAIAS
O drama da mancha de óleo que atinge o litoral do Nordeste vai ganhando novos capítulos. Segundo o último balanço do Ibama, já são 238 localidades afetadas desde os primeiros aparecimentos do material, em setembro. A densidade do petróleo vem impedindo a sua contenção antes de chegar às praias da região, conforme afirmou nesta sexta-feira (25) o diretor de Assuntos Corporativos da Petrobrás, Eberaldo de Almeida Neto. O executivo disse que os equipamentos e instrumentos que a estatal possui hoje seriam capazes de deter um óleo mais leve, assim como aquele produzido em nosso país.
O diretor afirmou que óleo que vem contaminando as praias nordestinas é diferente de óleos produzidos no Brasil – que sobrenadariam, pelo fato de ter uma densidade menor que a do mar. Almeida Neto disse que se assim fosse, seria possível usar imagens de satélite para fazer um combate mais a montante, antes que o material chegasse à praia. “Vimos por satélite, fizemos sobrevoos e não pegamos a vinda desse óleo. Fica praticamente impossível de você pegar esse óleo e segurar com barreiras e outros instrumentos que temos”, declarou.
O executivo explicou ainda que o fato de não saber a origem do vazamento dificulta ainda mais o processo. “Quando você não sabe a origem, não sabe quando e nem onde foi, aí é uma agulha no palheiro”, complementou.
A Marinha ainda está investigando os possíveis responsáveis pelo acidente ambiental. O que se sabe até o momento é que o petróleo foi produzido na Venezuela. Um estudo da Petrobrás indicou que as amostras de resíduos de óleo são similares a três campos petrolíferos do país vizinho.
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