EQUIPAMENTOS IMPORTADOS PARA O COMPERJ ESTÃO HÁ QUASE UM ANO ENCALHADOS NO PORTO DO RIO | Petronotícias




faixa - nao remover

EQUIPAMENTOS IMPORTADOS PARA O COMPERJ ESTÃO HÁ QUASE UM ANO ENCALHADOS NO PORTO DO RIO

Por notícias como esta, dá para entender o  mau humor da presidente Graça Foster quando trata de projetos emperrados na Petrobrás: a empresa comprou cinco reatores italianos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que chegaram em agosto de 2011 ao Brasil, mas, depois de quase um ano, continuam no Porto do Rio, pagando taxas diárias de armazenamento. E o pior: não tem data, nem perspectiva para que eles sejam levados para o local da obra, onde serão instalados. A razão é simples: logística. Cada um deles pesa entre 1.000 e 1.200 toneladas. Isto significa que não há estrada capaz de suportar este peso, e, se forem transportados de balsa, não há calado para que aportem próximo ao Comperj.

Um mês após a chegada do primeiro reator, que será usado para produzir diesel com baixo teor de enxofre, a Petrobrás anunciou que a solução para o transporte dos equipamentos ficaria pronta em seis meses. Porém, depois de quase um ano ter se passado, a estatal informa que está sendo estudada a implantação de um Píer em São Gonçalo (RJ) e uma Via de Acesso para Equipamentos Especiais. O projeto está em fase de licenciamento ambiental junto ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e ninguém sabe quando será ou se será aprovado. Mesmo depois disso, será longo o tempo para se dragar um trecho da Baía de Guanabara para se chegar com a balsa até o projetado Porto de São Gonçalo.

A solução é de longo prazo. Até lá, as vias terrestres entre o Porto e o Comperj, que envolvem desapropriações e outros tipos de licenças, vão demorar muito para ficar prontas. A solução paliativa sugerida pela Petrobrás foi o uso do rio Guaxindiba para o transporte dos reatores. A proposta foi encaminhada ao Inea, porém ambientalistas já se mostraram contra a solução que implicaria no desassoreamento do leito do rio, que por ser poluído pode liberar metais pesados, comprometendo a atividade pesqueira na região.

Mesmo com o atraso considerável, a Petrobrás está se adiantando como pode nas obras do projeto do píer, que seria a solução definitiva para o transporte de equipamentos. A estatal já assinou contrato para execução dos serviços de dragagem, construção de píer e na área para desembarque de equipamentos, além do contrato para a construção da estrada do porto até o Comperj, que deverá suportar o peso das cargas a serem transportadas. Mas até lá, terá que pagar a diária da área do porto do Rio.

8
Deixe seu comentário

avatar
5 Comment threads
3 Thread replies
0 Followers
 
Most reacted comment
Hottest comment thread
8 Comment authors
GraciaYeminRodrigoRedação PetronotíciasAndre Manhaes Recent comment authors
  Subscribe  
newest oldest most voted
Notify of
alcyr
Visitante
alcyr

Qual terá sido o “gênio” que não previu a situação e os meios necessários para o transporte?
Se fosse há algum tempo atrás em um outro país iriam os responsáveis para um local bem gelado, enxugar gelo. Em outro país recentemente iriam para o paredón Em um outro seriam decapitados
abs fraternos
Alcyr

Wilson José Orselli
Visitante

Este é o custo que se paga por um projeto inventado para promover politicos inescrupulosos.

Helium Marques Pereira Junior
Visitante
Helium Marques Pereira Junior

CUSTO BRASIL

Acrescente-se à excessiva carga tributária, infra estrutura deficitária ou inexistente o mau uso dos recursos públicos, a educação de baixo nível, o planejamento completamente irresponsável, o descompromisso com a eficiência, a utilização de “entidades” como a Polícia Federal, Petrobrás, Cultura brasileira, etc com objetivos eleitoreiros ….e conseguiremos entender os RALOS por onde escorrem os nossos recursos e que alimentam as amarras que nos mantêm como país de segunda categoria.
Chato né?

Yemin
Visitante

Muito bom Beto. Sem vocea jamais tieramos estes momentos registrados. Espero que a ABES tenha como armazenar este acervo para no futuro relembramos o nosso passado. As coisas boas que estamos fazendo Uma abrae7o, Vitorio.

Andre Manhaes
Visitante
Andre Manhaes

Só para jogar um pouco de luz sobre este assunto. A solução tinha sido estudada, mas a Petrobras esqueceu de combinar o jogo com os russos como diria o saudoso Garrincha. A solução era levar de balsa até o Rio Guaxindiba e seguir por um trecho de estrada construido até o Comperj, só que o INEA barrou pois os ambientalistas da APA de Guapimirim não aceitam que se drague o Rio Guaxindiba (que é uma cloaca de esgoto). Enquanto esta solução estiver empacada no INEA-RJ nada será feito, pois estes equipamentos não podem seguir por estrada convencional, pois resultariam em… Read more »

Rodrigo
Visitante
Rodrigo

Isso mostra o despreparo da nossa infraestrutura no todo Rio de Janeiro. Estradas vias federais, estaduais, que nos temos não suporta a grande engenharia do novo seculo. fazendo viadutos e passarelas mais baixos, asfaltos que sedem rapido.
Projeto precoce de importar estas peças sem um estudo de viabilidade antes..
Sem contar no alto gasto emergencia desnecessaria para escoar esta carga.

Trabalho em todo Brasil na area de transporte terrestre e em especial com cargas especiais como estas.

Gracia
Visitante

Muito bom Beto. Sem vocea jamais trmaieos estes momentos registrados. Espero que a ABES tenha como armazenar este acervo para no futuro relembramos o nosso passado. As coisas boas que estamos fazendo Uma abrae7o, Vitorio.