ERNST YOUNG TERCO GANHA ESPAÇO NO MERCADO DE ÓLEO E GÁS E VÊ OPORTUNIDADE EM CONTEÚDO LOCAL
Uma das maiores empresas de contabilidade do mundo, a Ernst Young Terco tem atuação forte no Brasil há muitos anos, prestando consultoria em diversas áreas incluindo a de petróleo e gás. Nos últimos dois anos, porém, a empresa sentiu que deveria dar uma maior atenção ao setor, que representa suas principais contas, inaugurando no Rio de Janeiro um centro de excelência em consultoria. Porém, o principal desafio no setor de petróleo e gás no Brasil ainda está por ser solucionado. A empresa está buscando soluções em conteúdo local, regulamentação ainda não muito bem digerida pelo mercado. Com um ano e meio de atividade, entretanto, o centro de excelência já demonstra seu diferencial. A abordagem mercadológica da consultoria é o maior trunfo da consultoria da Ernst Young Terco, que trata não só dos aspectos teóricos, mas sim todas as possibilidades e avaliações de mercado existentes em todos os processos de cada cliente. Para saber um pouco mais sobre o trabalho deste centro de excelência, o repórter André Dutra conversou com Beth Ramos, sócia do setor de óleo e gás da Ernst Young Terco no Brasil.
Desde quando a Ernst Young Terco investe em centros de excelência como o do Rio de Janeiro?
O conceito do centro de excelência foi posto em prática há aproximadamente dez anos. Os centros de excelência funcionam como prestadores de consultoria para diversas áreas em que a Ernst Young atua, com um sistema de sócios para cada conta da empresa. Eu, por exemplo, sou uma das sócias para o setor de petróleo e gás, sou responsável pela conta da Petrobrás. Apesar deste sistema, todas as áreas de consultoria participam de todas as contas, e é esta exatamente a proposta do centro de excelência, que possamos fornecer uma consultoria que aborda todos os aspectos e processos da indústria em questão, seja ela qual for.
Como é feita a abordagem da consultoria destes centros de excelência especificamente nas empresas de óleo e gás?
A abordagem é olhar para dentro da empresa, seja ela qual for, e analisar o que pode ser agregado de valor utilizando uma prática voltada para o mercado. Em alguns setores que estão mais intimamente ligados ao mercado se torna mais fácil identificar estas oportunidades, mas com o setor de óleo e gás é necessário que se vá além do grande campo teórico que envolve o setor, ou seja, uma lógica que é novidade no setor. A criação destes centros foi baseada numa necessidade do mercado de óleo e gás, encontrada pela empresa, de conhecimento local de cada um dos países onde cada empresa atua, já que a maioria das empresas do setor são internacionais. Também faz parte do nosso trabalho fazer a ponte entre diversas filiais e a matriz, explicando com embasamento para a última, de forma compreensível, as necessidades de sua filial.
Por que a Ernst Young decidiu montar um centro de excelência no Brasil somente no último ano?
Apesar de trabalhar há anos no Brasil prestando consultoria, foi preciso um estudo muito apurado do mercado brasileiro em todos os seus aspectos para que pudesse ser montado o centro de excelência. Temos que analisar não só critérios de mercado, mas também tributários, ambientais, regulatórios, etc. O Brasil é um país muito importante no mundo de petróleo e gás, mas possui algumas particularidades, especialmente nos campos tributário e legislativo.
Quais são estas particularidades?
Não são fatores que desanimem de forma nenhuma os investidores, até porque a única outra potência energética da América Latina que se equipara ao Brasil, a Venezuela, é muito fechada a investidores estrangeiros. O Brasil mostra muito potencial e flexibilidade para o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás, tanto pelo fato de ainda não haver legislação específica para o setor quanto pelo fato de possuir reservas consideráveis, incluindo o pré-sal. Porém também há algumas particularidades negativas, como a baixa capacidade de refino do país. Esta discrepância entre a produção de petróleo e a capacidade de refino pode causar um novo ciclo da borracha, no qual exportaríamos petróleo leve e importaríamos derivado, o que seria muito prejudicial para o Brasil.
Você acha que a gestão Graça Foster da Petrobrás está fazendo um bom trabalho? Inclusive em relação ao refino?
Sim. A Graça tem um perfil muito técnico e não está fugindo da realidade no Plano de Negócios da Petrobrás. Cortou onde teve que cortar e manteve os pés no chão. A maneira com a qual ela está lidando com toda esta pressão pelo momento de aceleração da produção e cumprimento de metas cada vez mais altas é graças ao perfil técnico, desafiador da presidente. Em relação ao refino estamos em uma situação razoável, mas com a aceleração da produção ainda não há capacidade suficiente.
A Ernst Young presta algum serviço de consultoria relacionado a conteúdo nacional no Brasil?
Nós ainda estamos tentando identificar oportunidades de negócios neste nicho. Estamos contando com a assessoria dos maiores especialistas no assunto, que não são muitos, para encontrarmos soluções para a questão do conteúdo local. Quando eu digo solução não falo de um software, mas sobre identificar o que pode ou não ser conteúdo local, qual a melhor opção para atender a esta demanda, etc. Uma abordagem mais ampla. O que seria prejudicial é se o conteúdo local se transformasse em reserva de mercado para companhias brasileiras, mas eu acredito que esta questão não está sendo vista desta forma.
Como o setor de petróleo e gás reagiu ao item do relatório final da Rio+20 que fala sobre a redução de incentivos fiscais à produção de combustíveis fósseis?
Uma medida como essa já era esperada pela comunidade empresarial do setor após um evento como o Rio+20. Eu acredito que o mercado absorveu esta notícia com muita maturidade, mesmo porque as empresas do setor investem pesadamente em segurança, que está sempre entre as prioridades neste tipo de atividade. Esta decisão feita durante a Rio+20 não vai, de maneira nenhuma desestimular o investimento de empresas estrangeiras e nacionais no setor de óleo e gás.
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