ES3 VAI COMEÇAR A FABRICAR SPOOLS POR INDUÇÃO ELÉTRICA NO BRASIL | Petronotícias




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ES3 VAI COMEÇAR A FABRICAR SPOOLS POR INDUÇÃO ELÉTRICA NO BRASIL

A ES3 tem poucos meses de vida operacional, após surgir de uma joint venture entre a gigante americana Shaw e a brasileira Ebse, mas já chegou com tecnologia de ponta para ganhar espaço no mercado nacional de óleo e gás. A empresa usará a tecnologia da Shaw e a expertise da Ebse para fabricar spools por indução elétrica, produto inédito no país. O diretor executivo da ES3, Carlos Kronemberger,  que acabou chegar de uma viagem ao México e a Baton Rouge, em Louisiana, onde foi ver de perto duas plantas da Shaw, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou que já devem começar 2013 com uma carteira de pedidos  de R$ 100 milhões.

Como está vendo estes primeiros meses da ES3?

Eu sou oriundo da Ebse, onde trabalhava na área de equipamentos, e acredito que temos um mercado muito promissor. A ES3 foi formada pela junção da Ebse, que é uma empresa tradicional na fabricação de tubos, equipamentos e spools, com a Shaw, que trouxe a tecnologia do spool por indução, então acho que é uma configuração perfeita. Aliando a tecnologia da Shaw com a expertise e o know-how da Ebse, temos uma expectativa de muito sucesso para a empresa.

Já estão fabricando?

Já começamos a produzir spools desde junho, para um contrato que temos com o consórcio que está fazendo o pipe rack do Comperj. Estamos produzindo cerca de 600 toneladas por mês, mas esse fornecimento ainda é referente a spools nos moldes tradicionais, sem ser por indução elétrica.

Quando devem começar a fabricação por indução elétrica?

Estamos terminando os testes pré-operacionais e poderemos fornecê-los ainda este mês. Além disso, nós adaptamos as linhas de produção para uma modelagem mais produtiva, com o que conseguimos ter um output (rendimento) maior de produção.

Quais as vantagens em relação ao spool convencional?

A grande vantagem é não ter solda. Com isso, reduzimos o custo com material, o custo que seria da própria solda e aumentamos a qualidade do produto, que não tem risco de ter problemas na soldagem. Além disso, a fabricação é bem mais rápida.

A procura pela nova tecnologia tem sido grande?

Está havendo muita procura. O grande desafio da empresa é mostrar e explicar a tecnologia para os clientes, mas já percebemos uma resposta bastante positiva do mercado. Acho que em breve vamos ter o primeiro contrato assinado para fornecer os spools dentro da tecnologia de indução elétrica.

Qual é a estrutura da ES3?

Temos uma área de 40 mil metros quadrados dentro do terreno da Ebse, em Santíssimo (RJ).  Estamos ocupando hoje uma área de 20 mil m², construída especificamente para atender à ES3, onde montamos um galpão novo, com três naves, mas ainda vamos expandir essa ocupação. Duas das naves já estão totalmente construídas e a terceira está sendo finalizada. Até o fechamento do ano estará totalmente pronta. Já temos duas linhas de alta performance produzindo spools dentro da estrutura da Ebse e outra linha em funcionamento dentro desse novo galpão.

Qual será a capacidade de produção da ES3?

Em relação aos spools por indução elétrica, poderemos fazer mais ou menos 200 toneladas por mês, variando de duas a 16 polegadas. Já em relação aos spools convencionais, a capacidade é bem maior. Só com esse contrato do pipe rack estamos fazendo 600 toneladas/mês, sendo que estamos trabalhando em apenas um turno e ainda assim temos duas linhas ociosas.

O mercado tem mostrado uma procura maior por spools?

Acho que há uma tendência maior do mercado a contratar empresas para fornecer spools, até pela facilidade de não ter que montar o pipeshop – onde se fabrica os spools – dentro dos canteiros de obras. Ainda existem empresas que fazem isso dentro dos canteiros, mas a tendência é que se traga isso para empresas especializadas, porque você consegue ter uma produtividade maior, um custo menor de mão-de-obra e uma otimização para os consórcios.

Quais são as regiões do Brasil que devem demandar mais spools?

Hoje, acredito que o Rio de Janeiro, em função do Comperj e de todo o mercado offshore, onde temos bastantes oportunidades, e também no Nordeste, em função da refinaria Abreu e Lima (Rnest) e das Premium I e II, que terão uma grande demanda.

As especificações de material para o pré-sal geram alguma modificação na produção dos spools?

O material utilizado para a produção dos tubos que vão gerar o spool terá uma especificação maior, mais restritiva em função de suas características, mas a ES3 está preparada para produzir spools com esses materiais mais nobres. Temos a tecnologia disponível e a competência para realizar todos os tipos de fornecimentos.

Qual a expectativa para 2013?

A perspectiva para o próximo ano é muito boa, tanto em termos de crescimento orgânico, falando de pessoas, quanto de faturamento e resultado. Temos oito contratos em discussão atualmente, sendo que se fecharmos dois ou três deles, já vamos dobrar o número de funcionários, que atualmente está em cerca de 200. Devemos começar o ano que vem com um backlog de R$ 100 milhões.

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