ESCALADA DA GUERRA NO ORIENTE MÉDIO FAZ A ARAMCO SUBIR PREÇO DO PETRÓLEO PARA CLIENTES EM TODA ÁSIA
O preço da guerra está chegando para todo mundo. E pela escalada dos conflitos entre Israel e Irã e Rússia e Ucrânia, a tendência é de alta. A Arábia Saudita aumentou os preços principais de seu petróleo para compradores na Ásia em meio à crescente volatilidade no mercado de petróleo, enquanto acompanha os desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Hoje (7) o Exército da Ucrânia afirmou que bombardeou o maior terminal petrolífero da Crimeia, península ucraniana que a Rússia anexou em 2014. As autoridades russas relataram um grande incêndio no terminal, sem mencionar o ataque ucraniano, e assegurando que não há vítimas. Neste ano, a Ucrânia intensificou os ataques a instalações energéticas em território russo, alegando que esses locais sustentam o aparato militar russo, além de alvejar vilarejos próximos à fronteira. “As forças de defesa realizaram esta noite um ataque bem-sucedido contra uma terminal petrolífera marítima do inimigo,” disse um comunicado. O ataque contra O terminal, “O maior da Crimeia em termos de volume de produtos petrolíferos processados“, foi realizado com mísseis, disse o Exército. As autoridades russas indicaram que “uma parte” da cidade está sem luz e que a circulação dos trens suburbanos foi suspensa. A Rússia já ocupa 20% do território ucraniano e as conversações de paz, est]ao congeladas.
A produtora estatal Aramco elevou o preço oficial de venda de seu principal petróleo bruto, o Arab Light, em US$ 0,90, em relação ao índice de referência regional para compradores na Ásia. Ao mesmo tempo, a Aramco reduziu o preço de todos os tipos de petróleo para os Estados Unidos e a Europa. O petróleo subiu desde o início de outubro, quando o Irã lançou ataques com mísseis contra Israel em retaliação aos devastadores ataques no Líbano, que quase dizimaram a liderança do Hezbollah. O petróleo Brent, referência do mercado, subiu mais de 8% nesta semana em meio aos ataques e à antecipação de uma possível retaliação israelense, sendo negociado em torno de US$ 78 por barril.
Até agora, os mercados ignoraram a maioria dos riscos regionais ao longo do ano, já que o conflito não reduziu o fornecimento, e os negociantes se concentraram nas as preocupações crescentes sobre a fraca demanda. Em meio a temores de que o uso lento de petróleo na China deixaria petróleo excedente no mercado, a aliança OPEP+ — liderada pela Arábia Saudita e Rússia — suspendeu no mês passado um aumento planejado na produção por dois meses, até o início de dezembro.
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