ESPECIALISTA DA KPMG APONTA DIREÇÕES QUE A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA DEVE TOMAR DEVIDO A CRISE CAUSADA PELA PANDEMIA

Para o setor químico se manter estável durante a pandemia, as empresas precisam adotar ações relacionadas aos aspectos ambiental, social e de governança corporativa. Essa é uma das conclusões do diretor do segmento de chemicals & petrochemicals da KPMG no Brasil, Sérgio Bento(FOTO). Ele  também aponta outras quatro ações que organizações dessa indústria precisam considerar nessa nova realidade, que são as seguintes: desglobalização e ações das cadeias de suprimento, digitalização, localização e força de trabalho do futuro, e resiliência para manter-se em alto nível.”Quando falamos dos aspectos ambiental, social e de governança corporativa (ESG, sigla em inglês), automaticamente, fazemos relação à situações que envolvem a migração de fornecimento de energia para fontes renováveis, assim como acesso a financiamento sustentável para substituir as dívidas existentes. Dessa forma, continua-se concentrado os esforços em produtos que apoiem a redução de dióxido de carbono e o fim dos resíduos plásticos”, explica o sócio.

De acordo com Bento, outro ponto que deve ser levado em consideração na nova realidade das empresas do setor químico é a questão da localização da cadeia de suprimentos. Segundo ele, precisam ser levadas em conta as tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China que foram agravadas pela pandemia da covid-19. Esse fato, atrelado às ameaças de paralisações nacionais, estimulou um questionamento significativo da globalização em muitos setores industriais. “As empresas químicas precisarão administrar cuidadosamente o capital de giro, os preços dos produtos e a eficiência tributária em toda a cadeia de suprimentos.”

Outra ação apontada por Bento está relacionada à questão da digitalização. As empresas químicas atualmente estão procurando novas maneiras de aumentar a eficiência. Segundo ele, espera-se ver também um crescimento no uso da inteligência artificial, do aprendizado de máquinas, da automação de processos robóticos e de outras tecnologias no ambiente de trabalho: “O que prevemos são mudanças nas estruturas e nos processos de negócios que, de alguma forma, afetarão a maneira na qual os funcionários atuam, assim como os recursos humanos são gerenciados e como os clientes são atendidos. As empresas químicas que buscarem uma abordagem de proteção de controle de custos e de investimentos para crescer poderão ter um desempenho melhor quando a crise acabar.”