ESPECIALISTA EM DELAÇÃO PREMIADA ASSUME DEFESA DE RENATO DUQUE E JÁ ORGANIZA DEPOIMENTO DE EX-DIRETOR DA PETROBRÁS

A temperatura subiu de vez. Os advogados Alexandre Lopes e Renato de Moraes já não respondem pela defesa do ex-diretor da Petrobrás Renato Duque. Marlus Arns (foto), especializado em delação premiada, assumiu a causa e já prepara todas as informações para o processo de delação de Duque. Com a prisão de José Dirceu e o acordo do ex-diretor da Petrobrás, o coração político da corrupção entrou em processo acelerado. O advogado Marlus Arns, formado em direito pela PUC do Paraná, onde fez pós graduação e doutorado e também foi professor, traz a experiência de recentes delações premiadas como o diretor da Camargo Corrêa, Dalton Avancini. Arns foi presidente da subseção de Curitiba da OAB e é especialista em Direito Penal Econômico.

Conforme o Petronotícias anunciou em primeira mão, a pressão da família do ex-diretor aliada aos fatos comprovados que a Polícia Federal reuniu contra ele, a falta de alternativa e a possibilidade de penas contundentes no fim da vida fizeram o ex-diretor da Petrobrás concordar em aderir ao direito de fazer delação premiada na Operação Lava Jato. A  Polícia Federal  e o Ministério Público Federal já acertaram os termos deste acordo e o processo de depoimentos já pode ter iniciado. As consequências, que parecem ser graves, podem vir a público já nas próximas semanas. Serão dias de terror para alguns empresários e políticos de altas rodas envolvidos com a corrupção na maior empresa do Brasil.

A informação da concordância da delação premiadas de Renato Duque foi obtida e confirmada pelo Petronotícias em primeira mão na semana passada. Para que a delação seja aceita, o ex-diretor deve apresentar colaborações para as ações penais e inquéritos em curso e  também apresentar novas informações  que ajudem a PF e o MPF a apurar crimes de corrupção contra a estatal.  Em troca, o dirigente teria sua pena reduzida, em caso de condenação. Duque já havia sido denunciado por seu comparsa, Pedro Barusco, ex-gerente executivo da Petrobrás, com quem dividia os subornos recebidos. A Polícia Federal conseguiu reunir pesadas confirmações do dinheiro que recebeu para ser corrompido por políticos e empresários. Foi com base nestas evidências que Duque decidiu falar.