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COM PROGRAMA NACIONAL DE FERTILIZANTES, BRASIL QUER REDUZIR PARA 45% SUA DEPENDÊNCIA DE IMPORTAÇÕES

assinaturaO governo federal lançou na manhã de hoje (11), no Palácio do Planalto, o Plano Nacional de Fertilizantes. O programa reúne um planejamento para os próximos anos até 2050, com o objetivo de reduzir para 45% a dependência brasileira das importações desses produtos, essenciais para a agricultura do país. Hoje, 85% de todos os fertilizantes consumidos no Brasil são comprados do exterior. O tema ganhou especial relevância depois da invasão da Ucrânia, uma vez que a Rússia é uma das principais fornecedoras de fertilizantes para o Brasil.

Além do presidente Jair Bolsonaro, também estiveram presentes na cerimônia a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e o Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha.

Ainda precisamos importar fertilizantes. Em 2050, nossa demanda por nutrientes para as plantas é proporcional à grande demanda da nossa agricultura. E teremos nossa dependência externa bastante reduzida. Não estamos visando a autossuficiência. Entendemos que o mundo manterá seus fluxos comerciais e que as commodities continuarão circulando, em ambiente de livre mercado”, disse a ministra Tereza Cristina.

Hoje, o Brasil está entre os quatro maiores consumidores de fertilizantes. O país corresponde a 8% do consumo global desses produtos. O potássio é o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais (38%), seguido de fósforo (33%) e nitrogênio (29%). Entre as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes estão a soja, o milho e a cana-de-açúcar, somando mais de 73% do consumo nacional.

O Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha, disse durante a cerimônia que além da redução da dependência externa, o plano lançado hoje também abre oportunidades para novidades emergentes, como os fertilizantes organominerais e orgânicos (adubos orgânicos enriquecidos com minerais, por exemplo) e os subprodutos com potencial de uso agrícola, os bioinsumos e biomoléculas, os remineralizadores (exemplo, pó de rocha), nanomateriais, entre outros.

Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro disse que já havia se manifestado no passado, ainda quando era um deputado federal, sobre a importância de se discutir a questão dos fertilizantes no país. E voltou a falar também sobre o projeto de lei que autoriza a mineração em terras indígenas. Bolsonaro defendeu a aprovação da medida, como forma para aumentar a mineração de potássio no país. “Tenho certeza que esse plano [de fertilizantes] já é uma realidade, bem como o [projeto de lei para mineração em terras indígenas] votado no Congresso será uma realidade também”, concluiu.

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ivan Salerno de moura filho
ivan Salerno de moura filho
3 anos atrás

Mais um auê eleitoreiro. Com relação aos fertilizantes nitrogenados, existe uma unidade, cuja construção está quase no fim, mas abandonada pela Petrobras. Alguns bilhões de Reais desperdiçados. A reportagem, ou o próprio plano, não diz nada sobre como ele se efetivará. Serão investimentos estatais? Será criada uma empresa estatal para isso? A própria Petrobras será responsável, ao menos por parte dos investimentos, mesmo ela mesma considerando que não há viabilidade econômica. É muita ingenuidade acreditar que esse governo, irresponsavelmente liberal, esteja dando alguns passos atrás e considerando que há, nesse aspecto, uma questão estratégica para o país. Se isso, apesar… Leia mais »