ESTADOS UNIDOS APRIMORAM OS SERVIÇOS E INVESTEM EM TECNOLOGIAS PARA LANÇAR OITO NOVOS SATÉLITES PARA GPS

O tema GPS e os satélites responsáveis pelos seus serviços estiveram muito no noticiário brasileiro dos últimos dias,  em função da possibilidade de ser suspenso seletivamente pelo presidente norte americano, Donald Trump, em caso do supremo brasileiro insistir na perseguição para condenar o ex-presidente Bolsonaro. Os americanos querem mais e vão investir mais nesta nova tecnologia.  A L3Harris Technologies disse que concluiu recentemente uma “Análise de Conceito de Design abrangente de dois dias, apresentando um protótipo de GPS resiliente (R-GPS) que teve um desempenho além dos requisitos atuais”. Em setembro, o Comando de Sistemas Espaciais da Força Espacial dos EUA disse que havia escolhido L3Harris, Astranis, Sierra Space e o Axient da Astrion apresentarão  conceitos de design para lançar até oito satélites R-GPS até 2028.  No ano passado, o ex-Secretário da Força Aérea Frank Kendall( foto a direita) nomeou o R-GPS como um programa de Início Rápido. A Seção 229 da Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDA) do ano fiscal de 2024 delegou a autoridade de Início Rápido para permitir que o DoD destinasse até US$ 100 milhões para pesquisa e desenvolvimento de novos esforços para atender a necessidades tecnológicas urgentes.

A L3Harris disse que o recente R-GPS DCR usou a “carga útil reprogramável Navigation Technology Satellite-3 (NTS-3) e o criptograma reprogramável certificado pela Agência de Segurança Nacional” da empresa para simular o controle de um satélite R-GPS “para transmitir sinais de navegação que foram adquiridos e rastreados por um receptor de estação de monitoramento, bem como Equipamentos de Usuário Militar e receptores comerciais, significando que o R-GPS pode ser integrado de forma transparente e eficiente à infraestrutura de GPS existente”.

A Sierra Space afirmou em janeiro que sua Revisão de Requisitos de Sistema validou o projeto do R-GPS da empresa. Em 30 de março, a Sierra Space afirmou ter colaborado com a divisão de Sistemas de Missão da General Dynamics [GD] para demonstrar que o projeto gerava “todos os sinais de navegação GPS necessários para a missão do R-GPS. No início de março, a Astranis disse que havia demonstrado seu design R-GPS “transmitindo formas de onda GPS principais usando o hardware de rádio definido por software da Astranis”.

A pedido da Força Espacial, o Congresso transferiu US$ 30 milhões, na Resolução Contínua do ano fiscal de 2025, do programa SATCOM Tático Protegido (PTS) para o R-GPS. As duas primeiras cargas úteis do Protótipo PTS (PTS-P) da Boeing [BA] e da Northrop Grumman [NOC] entrarão em órbita no ano fiscal de 2026: o PTS-P da Boeing no satélite Wideband Global SATCOM-11 (WGS-11) da Boeing e o PTS-P da Northrop Grumman no satélite ESPAStar-HP da empresa. O PTS é um sucessor do programa Advanced Extremely High Frequency.

Problemas com o foguete Vulcan Centaur da United Launch Alliance (ULA) atrasaram os lançamentos do NTS-3 e do WGS-11. Em 2014, a ULA, uma parceria entre a Boeing e a Lockheed Martin [LMT], iniciou o desenvolvimento do Vulcan Centaur, que recebeu a certificação de lançamento em abril. “O programa Vulcan da ULA teve um desempenho insatisfatório no último ano”, disse o Major-General Stephen Purdy ao  Comitê de Serviços Armados da Câmara  “Grandes problemas com o Vulcan ofuscaram sua certificação bem-sucedida, resultando em atrasos no lançamento de quatro missões de segurança nacional. Apesar da aposentadoria dos veículos de lançamento Atlas e Delta, de grande sucesso, a transição para o Vulcan tem sido lenta e continua a impactar a conclusão dos objetivos das missões da Força Espacial. Para enfrentar esses desafios, a ULA aumentou seus recursos de engenharia e foco de gestão para resolver problemas de projeto. Funcionários do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, financiados pelo Governo e pelo Governo Federal, aumentaram o envolvimento em desafios técnicos e de gestão de programas.”