ESTADOS UNIDOS QUEREM PORTUGAL COMO PARCEIRO ESTRATÉGICO PARA DISTRIBUIÇÃO DE GÁS NA EUROPA
O embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, George Glass, quer formar uma parceria com Portugal no setor do gás natural, capaz de melhorar a segurança energética no resto da Europa e na África. George Glass, que assumiu funções em agosto, explicou que, neste contexto, há muitas áreas no setor da energia nas quais Portugal e os Estados Unidos podem ser parceiros. “Os Estados Unidos estão passaando por uma revolução no gás natural e em breve vão passar de um dos maiores importadores globais de energia para o maior exportador, maior do que o Oriente Médio, maior do que a Rússia”, disse o embaixador durante um almoço da Câmara de Comércio Americana, em Lisboa.
George Glass explicou que, em conjunto, os dois países da Península Ibérica possuem mais de um terço das infraestruturas e capacidade de importação de GNL na Europa. As principais empresas do mundo no setor do gás reúnem-se em Lisboa, no final do mês de novembro, para a Cimeira Mundial do GNL. “Já devem saber que Portugal recebeu o primeiro carregamento de LNG [sigla em inglês para gás natural liquefeito (GNL)] norte-americano exportado para a Europa, em abril de 2016. Mas podem não saber é que neste momento Portugal já recebeu mais gás norte-americano do que qualquer outro país europeu”, revelou o diplomata.
Glass disse ainda que “Este fato atesta bem o papel significativo que Portugal poderá ter nesta arena nos próximos anos. Quero trabalhar com Portugal para forjar uma parceria no gás natural que melhore a segurança energética e a diversificação de opções para o resto da Europa e também África”.
O Norte e o Centro da Europa dependem, em larga medida, do gás importado da Rússia, um fato que motivou novas políticas europeias de diversificação de fornecedores, por questões geo-estratégicas. Um dos corredores contemplados pela estratégia europeia tem sido o corredor sul, com importações de gás da Líbia para o sul da Península Ibérica. No âmbito dessa estratégia também têm vindo a ser aprovadas a construção de mais interligações de gás da Península com França, através ou contornando os Pirenéus.
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