ESTALEIRO BRASA RECEBE EMPRESÁRIOS BRITÂNICOS PARA VISITA E BUSCA NOVOS CONTRATOS DE MANUTENÇÃO E LOGÍSTICA | Petronotícias




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ESTALEIRO BRASA RECEBE EMPRESÁRIOS BRITÂNICOS PARA VISITA E BUSCA NOVOS CONTRATOS DE MANUTENÇÃO E LOGÍSTICA

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –

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A impressão de quem cruza a Ponte Rio-Niterói ao olhar para a direita sentido Niterói, quase no pedágio, é de que o Estaleiro Brasa passa sem grandes problemas pela crise do setor de óleo e gás. O tamanho do FPSO Cidade de Maricá chama a atenção e os que fazem esse trajeto diariamente já perceberam a evolução na montagem dessa embarcação. Além disso, o FPSO Cidade de Saquarema, também um dos principais projetos em andamento, chegará no estaleiro em breve para a realização dos mesmos serviços de integração de módulos ao topside. Segundo o gerente executivo do estaleiro, Ivan Fonseca, os projetos ainda fazem com que as finanças da empresa não sofram, mas novos serviços já estão sendo ofertados à cadeia produtiva, nas áreas de logística e manutenção offshore. Esse é o principal objetivo do Estaleiro Brasa na Offshore Technology Conference (OTC) Brasil deste ano: apresentar novas atuações da empresa em um mercado com cada vez menos oportunidades. A vinda de executivos de todo o mundo para o encontro no Rio de Janeiro, que começa na terça-feira (27), abre janelas de oportunidades, que o Estaleiro Brasa soube aproveitar bem, com a organização de um tour por suas instalações, iniciativa organizada com o apoio do Conselho Britânico de Energia, com 14 empresas confirmadas na visita.

Quais as expectativas do Estaleiro Brasa para a OTC Brasil?

Estamos indo para a OTC Brasil deste ano com o o objetivo de mostrar para o mercado que nós vamos além de fazer apenas integração de módulos. Nessa área, nós já temos nossa eficiência comprovada pela indústria. O estaleiro Brasa foi fundado em 2012, pouco tempo atrás, e apenas três anos depois temos o desafio de mostrar todo nosso potencial. Sem deixar de buscar contratos para serviços de integração de módulos, como nos casos dos FPSOs Cidade de Saquarema e Cidade de Maricá.

Por falar nas embarcações, qual a previsão de saída dos FPSOs do estaleiro?

Nossa estimativa é que o Cidade de Maricá vá embora no final do ano, enquanto o CIdade de Saquarema, que ainda está para chegar, somente para o final do primeiro semestre do ano que vem.

Quais outros serviços o Estaleiro Brasa presta?

Um grande potencial nosso é um cais com que contamos. Estamos abrindo nosso leque de prestação de serviços em logística e manutenção offshore. Por isso a importância da feira, que é uma oportunidade para encontrarmos clientes e potenciais clientes, já mapeados, para mostrar essa nossa outra função.

Como está o fluxo de negócios do Estaleiro Brasa?

Estamos passando por um momento de foco exclusivo nos contratos que já temos em andamento, buscando novas possibilidades. Até que a Petrobrás licencie, se viermos a ser escolhidos, os novos projetos da estatal só devem começar no primeiro trimestre de 2017. Porque ainda é preciso passar por um momento de contratação de equipamentos, desenvolvimento de engenharia e etc. Esse problema que o setor de estaleiros vem passando é visto como algo se desenhando há mais de um ano. Nós já alertávamos que era necessária uma melhor distribuição dos contratos. O resultado nós estamos vendo, com embarcações paradas na costa do Brasil. Quem perde é o país, com demissões de pessoas que se qualificaram para esse serviço.

Que outros eventos a empresa participou neste ano?

Também estivemos na edição internacional da OTC, em Houston, no Texas, além da Brasil Offshore, em Maricá. Nessa nós pudemos sentir como o mercado não conhece ainda a área de manutenção offshore embarcada do Estaleiro Brasa. Nós investimos bastante na capacitação para áreas de comissionamento, instalação elétrica, treinamento completo para serviços em regiões sujeitas a riscos, por exemplo.

Além de expandir os serviços, que movimentos o Estaleiro Brasa tem feito no mercado?

Nós temos buscado realmente divulgar a nossa marca e serviços. Durante a OTC Brasil, uma missão do Conselho Britânico de Energia, que já tem o número de 14 empresas confirmadas, virá ao estaleiro para um tour, onde poderão conhecer nossas instalações e os serviços que prestamos. Um dos nomes confirmados na lista de empresas que virão às nossas instalações é a Mitsui.

Que desafios devem ser superados pela indústria de óleo e gás nacional?

Acredito que o momento é realmente de cautela e esperar para ver qual o regime econômico do país. Há uma forte corrente política por mudanças e, se elas vierem, não sabemos em que tipo de regime estaremos. O último leilão promovido pela ANP mostra claramente a calma que o mercado tem tido. A grande provedora da indústria nacional está sem possibilidade de investimentos e isso atrapalha demais o desenvolvimento de negócios. Até 2020, quem sabe, pode haver uma revisão do plano de investimentos da companhia.

O atual plano de negócios cobre como a área de estaleiros?

Se uma pessoa pegar o documento por completo pode ver que a proposta é construir 18 FPSOs, mas somente cinco desses estão em licitação. Onde está todo o resto? Eu respondo, ou parados, ou não começados, aguardando eventuais negociações. Os únicos com destino certo são os replicantes P-66 e P-67, que foram para a China. O resto todo é uma grande incógnita. São contratos sendo negociados, aditivos sendo pedidos, mas a Petrobrás não tem recursos para investir. Para nós, é aguardar uma dessas “migalhas” nos projetos, seja tendo como cliente a Petrobrás ou alguma das chinesas que podem assumir esses projetos.

Como está sendo a questão de demissão de funcionários com a falta de projetos?

Após o fim do FPSO Cidade de Maricá, teremos a primeira fase de demissões, com cerca de 700 funcionários dispensados. O cais receberá o Cidade de Saquarema na primeira semana de novembro e cerca 800 pessoas irão trabalhar exclusivamente nele, finalizando o processo em abril, se tudo correr dentro do cronograma. Após essa entrega, iremos concluir nosso processo de desmobilização, adaptando nosso quadro de funcionários para um mundo mais realista, com serviços de apoio logístico e manutenção offshore, com cerca de 500 pessoas contratadas. 

 

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Jéssica
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Jéssica

A notícia está errada. O FPSO que se encontra no cais 2 é o Cidade de Maricá. O FPSO Cidade de Saquarema que se encontra a caminho.
Obrigada. De nada.

artvin haber sitesi
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thanks