ESTALEIRO RIO GRANDE DESPERTA INTERESSE EM COMPANHIA CHINESA

A solução para os problemas do Estaleiro Rio Grande (ERG), da Engevix Construções Oceânicas (Ecovix), pode vir da China. O mercado especula que o China Offshore Oil Engineering Corporation (COOEC) estaria interessado em se tornar sócia no estaleiro, que vem enfrentando dificuldades financeiras desde o início da Operação Lava Jato, na qual a Ecovix é investigada.

Um complicador para o acerto entre chineses e o estaleiro é a participação de 30% na Ecovix de um consórcio de empresas japonesas lideradas pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI). O grupo fez um aporte de cerca de US$ 300 milhões pela aquisição. No entanto, financiamentos públicos que estavam para sair, entre eles uma parcela de R$ 62 milhões da Caixa Econômica Federal mais de R$ 500 milhões em outro financiamento com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) ainda não vieram.

O ERG busca maneiras de se capitalizar e o interesse chinês pode ser uma luz no fim do túnel. Outras possibilidades vêm sendo ventiladas, entre elas a venda da participação da Engevix como forma de livrar-se da dívida. O acordo firmado com os japoneses garante a eles direito preferencial em uma eventual venda da fatia acionária da Engevix.

O COOEC fechou um acordo, em maior, com o consórcio Integra (Mendes Junior / OSX) para assumir o contrato de integração de módulos das plataformas “replicantes” P-67 e P-70. Membro do mesmo grupo da China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), sócia da Petrobras no campo de Libra, no pré-sal, o COOEC ficaria mais próximo da futura demanda por novas plataformas.