ESTALEIRO RIO GRANDE FOI O ÚNICO CONCORRENTE EM LICITAÇÃO DE NAVIOS PARA A TRANSPETRO E FICA PERTO DE ASSINAR CONTRATO DE R$ 1,7 BILHÃO
Novas e excelentes perspectivas de geração de emprego e renda no polo naval gaúcho. O estaleiro Rio Grande (RS) foi o único a apresentar proposta na licitação para contratação de quatro novos navios de classe Handy para a frota da Transpetro. A empresa colocou sobre a mesa uma oferta para construir as embarcações por R$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 433 milhões para cada unidade). Ao todo, 20 companhias estavam habilitadas a apresentar propostas na licitação. Agora, a concorrência segue para as próximas etapas por meio da comissão de licitação, que irá avaliar as propostas recebidas e dar continuidade ao processo até a homologação do resultado final.
A licitação da Transpetro marca o retorno da contratação de embarcações próprias para o Sistema Petrobrás e faz parte do Programa de Renovação e Ampliação da Frota (TP 25), lançado em julho. O programa prevê a aquisição de 25 navios de cabotagem, com prioridade para atender as demandas de transporte de produtos da Petrobrás. Além dos navios da classe Handy, a Transpetro também planeja adquirir gaseiros e embarcações de médio porte, sendo que 16 desses navios já estão contemplados no Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras.
Após a abertura das propostas comerciais, a comissão de licitação dará início à fase de negociações. Na sequência, será realizada a análise das condições de habilitação, incluindo a verificação da documentação para qualificação jurídica, econômica e técnica. Caso consiga avançar nas conversas com a Transpetro, será formalizada a proposta vencedora do estaleiro Rio Grande e, posteriormente, será assinado o contrato para construção das embarcações.
Concebido para ser um marco do polo naval gaúcho e construir grandes plataformas, o estaleiro Rio Grande viveu os últimos anos sobrevivendo com contratos menores, especialmente os de construção de módulos. Além disso, atualmente, o estaleiro está em meio a um impasse envolvendo o descomissionamento da plataforma P-32. A embarcação foi adquirida pela siderúrgica Gerdau para reciclagem de aço. Contudo, o projeto sofre atrasos por conta da presença de combustível e água oleosa na plataforma. Conforme noticiamos, as companhias discutem sobre quem vai se responsabilizar pela retirada dos resíduos de petróleo e gás no interior dos tanques.
Na última sexta-feira (8), o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobrás, Claudio Schlosser, disse que a petroleira está “conversando com a Gerdau sobre um alinhamento de expectativas com relação aos procedimentos de limpeza da plataforma, dando continuidade à destinação sustentável da P-32”. Contudo, o executivo não deu um prazo para a conclusão dessas negociações.
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