ESTALEIROS BRASILEIROS ENTRAM EM ALERTA COM PRESSÃO DA TRANSPETRO
Os estaleiros do Brasil já estão em alerta depois da prensa que a Transpetro deu no Estaleiro Atlântico Sul, já que o presidente da empresa, Sérgio Machado, deixou claro que as medidas serão as mesmas caso outros contratos venham a sofrer os mesmos problemas.
Como forma de pressionar a indústria e evitar que novos problemas ocorram, o presidente da empresa anunciou a criação do Sistema de Acompanhamento da Produção, que pretende fiscalizar de perto as encomendas da companhia, para identificar problemas de percurso e gargalos que ainda precisam ser sanados.
O EAS teve o contrato de 16 navios petroleiros suspensos por três meses pela Transpetro, num acordo que era estimado em R$ 5,3 bilhões, e terá até o dia 30 de agosto para apresentar as condições necessárias para que continue com as encomendas. Os outros seis navios que constam na carteira do estaleiro (incluindo o João Cândido, entregue com 20 meses de atraso) não foram suspensos, já que o contrato com a Samsung para o fornecimento de tecnologia ainda inclui eles.
No entanto, com a saída da empresa coreana do estaleiro, a Transpetro espera que o EAS encontre um novo parceiro tecnológico para a construção dos próximos navios. Machado já disse que, caso precise, procurará outros estaleiros para redirecionar as encomendas, apesar de ter ressaltado que acredita que não será necessário.
O mercado especula se será possível essa transferência, já que a maioria dos estaleiros está operando no máximo da capacidade e não teria espaço para um volume tão grande de pedidos, além da falta de tecnologia para construir este tipo de cargueiro. O presidente da Transpetro afirma que há quatro grandes estaleiros em construção e que nos próximos anos poderiam reter essas encomendas, caso necessário.
Outros estaleiros que têm contratos com a Transpetro e que devem se movimentar com a nova linha dura são o Estaleiro Mauá, que no ano passado entregou o navio Celso Furtado com 13 meses de atraso e recebeu multa de R$ 2 milhões, o estaleiro Eisa e o Superpesa, além de outros dois ainda em construção: o STX-Promar e o Rio Tietê.
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