ESTATAL NUCLEAR CHINESA EXPÕE TECNOLOGIA PARA ESPECIALISTAS BRASILEIROS DO SETOR
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou em abril deste ano planos do governo federal para a instalação de quatro novas usinas nucleares até 2030 e outras oito unidades até 2050. A partir de então, as movimentações no setor nuclear nacional se intensificaram, com diversas empresas internacionais buscando se aproximar do Brasil para apresentar suas tecnologias próprias. Na última quinta-feira (1º), foi a vez da China National Nuclear Corporation (CNNC) realizar o seminário “Nuclear Energy Solution”, no Rio de Janeiro, para especialistas brasileiros do setor.
Estiveram presentes no evento representantes da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben) e Eletronuclear.
O principal responsável por apresentar o trabalho chinês no setor nuclear foi o vice-presidente do CNNC, Ding Jiang. O executivo elaborou apresentações sobre o financiamento para reatores nucleares junto a bancos estatais chineses, a capacidade de produção e fornecimento de turbinas, além de analisar a futura implantação de novas usinas no Brasil e expor projetos que vêm sendo desenvolvidos pela companhia.
O gerente geral Comercial da Nuclep, Ricardo Corrêa, fez uma breve apresentação com o histórico da companhia, desde seu surgimento até os últimos projetos desenvolvidos, como o semi-condensador de 170 toneladas entregue para Angra 3 e o primeiro submarino brasileiro, que está sendo produzido em parceria com a França.
Outro destaque no seminário foi o diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, que falou sobre a importância de “descarbonizar” o setor energético mundial. O diretor da estatal afirmou que a geração nuclear terá um papel importante nesse processo de transição energética que passa todo o mundo. Para que a fonte tenha mais expressão, de acordo com Leonam, os tomadores de decisão e a sociedade como um todo devem perceber a importância da geração nuclear na substituição da energia hidrelétrica no Brasil.
Ao fim do seminário, o presidente da Abdan, Antonio Muller (foto), classificou o evento como impressionante, e afirmou que os chineses conseguiram mostrar toda a sua capacitação no setor. “O principal diferencial exposto pelos chineses é a a possibilidade de auto-financiamento, oferecida por bancos estatais chineses, seguindo uma política nacional de reforçar empresas estatais e aumentar suas exportações de equipamentos e tecnologia“, disse Muller. .
Questionado sobre o cronograma para que as novas usinas comecem a operar dentro do previsto, Muller disse que o governo ainda está dentro de um calendário planejado, mas mostrou preocupação com a possibilidade de projetos de infraestrutura serem postergados devido ao momento econômico ruim vivido pelo país.
O ministro tambem falou ao fantastico que Angra3 estaria pronta no final 2018!!!! Vamos falar serio..Com as paralisacoes nem no final e 2020!!!!
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