ESTUDO APONTA DEFICIÊNCIAS DA INDÚSTRIA DE ÓLEO E GÁS DO BRASIL
Entraves relacionados à regulamentação, inovação, gerenciamento, infraestrutura, recursos humanos e legislação são os principais fatores que afastam investidores da indústria de óleo e gás brasileira segundo estudo desenvolvido pela EY (antiga Ernst & Young).
A pesquisa aponta para cinco áreas as quais o Brasil apresenta deficiência: capital humano, inovação tecnológica, infraestrutura, investimentos e modernização da regulação da carga tributária.
O estudo ainda faz uma análise das políticas adotadas por Noruega e Inglaterra e traça uma comparação com os desafios que o Brasil deve superar. De acordo com a pesquisa da EY, a Noruega optou por um ritmo de desenvolvimento mais lento, com financiamento de pesquisas para avanço tecnológico. Já os ingleses escolheram maximizar a receita a curto prazo, o que trouxe bons resultados no início, mas a medida acabou resultando em forte queda na produção a partir do ano de 2000.
“O Brasil diz adotar o modelo da Noruega, considerado mais sólido, estruturado e voltado para o longo prazo. No entanto, na prática, o país segue nos moldes da Inglaterra ao exigir um forte programa de investimentos para o aumento da produção no curto prazo”, afirmou o sócio líder do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, Carlos Assis (foto). “Não se cria indústria com programa de aceleração da produção. Estão exigindo dos fornecedores prazos muito curtos para fabricar equipamentos com alto grau de sofisticação”, acrescentou.
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