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ESTUDO APONTA QUE HIDROGÊNIO ENFRENTA DESAFIOS NA EUROPA E PODE NÃO ATINGIR METAS DE PRODUÇÃO PARA 2030

David-Linden-3-of-7_web_squareO hidrogênio foi posicionado como um elemento crucial na estratégia de descarbonização da Europa, com metas ambiciosas de produção estabelecidas nos primeiros roteiros políticos. Para impulsionar esse avanço, foram anunciados investimentos substanciais, totalizando €32,9 bilhões apenas no quarto trimestre de 2024 para apoiar a produção e a infraestrutura do setor. No entanto, o progresso tem sido lento devido a obstáculos regulatórios, altos custos, desafios econômicos e uma demanda fraca pelo hidrogênio. Como resultado, cerca de 20% dos projetos europeus – um total de 23 iniciativas com capacidade combinada de 29,2 GW (LHV) – foram cancelados ou paralisados.

De acordo com um novo levantamento da Westwood Global Energy Group, consultoria especializada no setor de energia, a Europa dificilmente conseguirá cumprir suas metas de produção de hidrogênio até 2030. A pesquisa revela que, sem intervenções no mercado, apenas 17% da capacidade planejada no bloco deve se concretizar.

O diretor de Transição Energética da Westwood, David Linden (foto principal), reforça que embora seja fácil focar nos desafios, é preciso reconhecer que a entrega de 17% da capacidade planejada (12 GW LHV) já representa um avanço significativo. “Os governos europeus estão adotando uma visão mais realista sobre o papel do hidrogênio na economia. Agora, é fundamental que tomem medidas decisivas em três áreas críticas que identificamos para garantir o progresso contínuo”, avaliou.

hidrogenioO estudo destaca que a infraestrutura do hidrogênio na Europa está sob forte pressão, com atrasos regulatórios, custos elevados e demanda insuficiente dificultando o avanço dos projetos. No Reino Unido, a situação é semelhante, com projeções indicando que apenas entre 1% e 24% dos projetos poderão ser entregues até 2030, evidenciando lacunas significativas em políticas públicas, financiamento e incentivos de mercado.

O abismo entre ambição e realidade no setor de hidrogênio europeu está se ampliando. Metas são necessárias, mas permanecerão inalcançáveis se o cenário regulatório não evoluir. No caso do Reino Unido, sem uma coordenação mais precisa e uma abordagem mais voltada para a demanda, há o risco de ficar para trás”, alerta o gerente de Hidrogênio da Westwood, Jun Sasamura.

Apesar dos desafios, o estudo aponta um cenário otimista em que até 70% dos projetos previstos na União Europeia podem se concretizar, caso os marcos regulatórios sejam desenvolvidos e implementados de forma eficaz. Nesse contexto, a UE poderia atingir suas metas de produção para 2030, ressaltando a importância de avanços concretos.

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