ESTUDO DA EPE APONTA CRESCIMENTO DA CLASSE MÉDIA COMO GRANDE DESAFIO PARA SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO
Por meio do estudo Cenário Econômico 2050, que deverá servir de base para o Plano Nacional de Energia 2050, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) previu que o crescimento da classe média será o principal responsável pela mudança estrutural do país nas próximas quatro décadas, o que deverá se refletir no número de carros. De acordo com o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim (foto), a proporção de habitantes por veículo deverá diminuir de 5,4 para 2, aumentando o consumo de combustível. Além disso, o total de casas com ar condicionado vai pular dos atuais 23% para 65%, o que irá exigir maior fornecimento de energia.
No mundo, o estudo afirma que o preço do petróleo deverá ser cerca de 20% mais baixo que o atual em 2020, voltando a subir para a faixa atual no fim dos anos 40. A oferta do gás não convencional nos Estados Unidos cria, segundo a EPE, incertezas em relação ao posicionamento americano no mercado, já que o país tende a ser exportador líquido do produto.
Por conta dos investimentos em gás não convencional, que já teve áreas em terra licitadas no ano passado, e a exploração do pré-sal, o preço do gás natural brasileiro tende a cair na década de 2030, passando de US$ 8 para US$ 7 por milhão de BTU. Outro ponto mencionado é a expansão do GNL (gás natural liquefeito), que vai beneficiar as exportações de diversos países.
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