ESTUDO DO IPEA REVELA A RETOMADA DO MERCADO DE TRABALHO COM O MENOR PATAMAR DE DESEMPREGO DESDE 2015 | Petronotícias




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ESTUDO DO IPEA REVELA A RETOMADA DO MERCADO DE TRABALHO COM O MENOR PATAMAR DE DESEMPREGO DESDE 2015

carteira profissionalSe você precisa de bons argumentos para perceber o crescimento da economia brasileira, já tem um bem significativo. Um estudo divulgado hoje (24) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destaca que os principais indicadores recentes de emprego no país demonstram que a trajetória de retomada do mercado de trabalho brasileiro se intensificou ao longo dos últimos meses. Em abril, a taxa de desocupação mensal calculada pelo Ipea, a partir da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apresentou, em termos dessazonalizados, o menor patamar desde outubro de 2015 (9,4%). Em relação ao mesmo mês de 2021, o recuo da desocupação foi de 4,9 pontos percentuais.

A população ocupada em abril chegou a 97,8 milhões de trabalhadores. Esse é o maior patamar apurado desde o início da Pnad Contínua, em 2012. Na comparação com osoldador mesmo período de 2021, a população ocupada registrou alta de 10,8%, enquanto na série livre de sazonalidade o montante foi 2,1% maior que o registrado em março. Essa expansão da população ocupada vem gerando melhora na proporção de ocupados em relação ao total da população em idade ativa (PIA), que registrou 57,1% em abril, o melhor resultado desde fevereiro de 2014. O efeito positivo do bom desempenho da ocupação sobre a redução do desemprego poderia ser ainda maior se não fosse o aumento da taxa de participação, impulsionada por um crescimento maior da força de trabalho. A força de trabalho avançou 3,7% entre janeiro e abril, alcançando 109,1 milhões de pessoas, o maior contingente já apurado pela pesquisa.

O recorte regional mostra que, apesar do recuo generalizado do desemprego, este foi mais intenso nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, cujas taxas de desocupação caíram 4,3 e 4,2 pontos percentuais respectivamente, entre os primeiros trimestres de 2021 e 2022. As taxas passaram de 12,8% para 8,5% no Centro-oeste e de 15,3% para 11,1% no Sudeste. Em termos absolutos, a menor taxa de desocupação é a da região Sul (6,5%), enquanto o maior desemprego está na região Nordeste (14,9%). A abertura por idade mostra que todos os segmentos etários registraram expressiva queda na dinheirodesocupação, refletindo a expansão da população ocupada. A redução da taxa de desemprego foi maior entre os trabalhadores mais jovens, entre 18 e 24 anos: a retração de 7,2 p.p. na desocupação entre o primeiro trimestre de 2021 — quando foi de 30% – e o primeiro trimestre de 2022 – quando foi de 22,8% – é explicada pelo aumento da ocupação, que cresceu taxa de 16,4%, superior ao registrado para a população economicamente ativa, de 5,5%.

A abertura setorial revela que a continuidade do processo de recuperação dos níveis de ocupação, iniciado nos setores que haviam sofrido quedas mais intensas no auge da pandemia, devido às medidas de afastamento social, se alastrou para os demais segmentos. No primeiro trimestre deste ano, 6 dos 13 setores pesquisados apresentaram crescimento da ocupação superior a 10%, com destaque para os segmentos de Alojamento e Alimentação (32,5%), Serviços Pessoais (19,5%) e Serviços Domésticos (19,4%).

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