ESTUDO INDICA QUE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO EM ANGOLA CAIRÁ 41% ATÉ 2028
Se depender dos estudos realizados pela consultora Fitch Solutions, Angola vai ter que trabalhar muito o seu setor de exploração de petróleo. O diagnóstico da consultoria aponta uma queda de 41% em sua produção até 2028. Isso significa 550 mil barris diários. Comparado a produção aos níveis do ano passado, dá para se sentir o tamanho do estrago. Em 2019, a média da produção de Angola foi de 1,3 milhões barris por dia. Angola ainda é o segundo maior produtor de petróleo da África No relatório, os analistas escrevem que não é só em Angola que a produção deverá decrescer ou abrandar face aos níveis atuais. “Novos investimentos substanciais são necessários para compensar as taxas de declínio previstas para a região.”
“Globalmente, o setor do petróleo e gás tem-se debatido com as consequências de uma redução da procura, um excesso de produção e uma perspetiva de evolução de preços baixos, entre outros fatores”, afirma o relatório. Afirma ainda que as grandes petrolíferas internacionais tem centrado mais na contenção de custos do que no lançamento de novos investimentos, apesar de ter havido algumas descobertas recentes na região.
Angola exportou, em 2019, cerca de 470 milhões de barris de petróleo, a um preço médio de 65,2 dólares (59,2 euros) por barril, segundo dados apresentados no final de janeiro pela Direção Nacional de Mercados e Promoção da Comercialização do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo (MIREMPET) angolano. Divididos por 365 dias, esta produção anual dá uma média de 1,312 milhões de barris diários em 2019. Em 2028, Angola passaria a produzir, no total do ano, 278,1 milhões de barris, o que, mantendo o preço, representaria um encaixe de 18,1 mil milhões de dólares, o que representa uma perda de 41% face aos 31,2 mil milhões de dólares exportados.
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