EX-DEPUTADO LUIZ ARGÔLO É CONDENADO A MAIS DE ONZE ANOS DE PRISÃO NA OPERAÇÃO LAVA JATO
O juiz Sergio Moro segue incomodando algumas grandes figuras do cenário político nacional dentro da Operação Lava Jato. Na última segunda-feira (16), foi a vez do ex-deputado federal Luiz Argôlo ser condenado a 11 anos e 11 meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-parlamentar se encontra preso provisoriamente, a prisão cautelar foi mantida e toda a pena deve ser cumprida em regime fechado. Uma progressão de regime pode ser solicitada, caso seja pago um ressarcimento de R$ 1,474 milhão, valor que Argôlo teria recebido em propinas, de acordo com as investigações. Ainda há a possibilidade de recurso.
“Em um esquema criminoso de maxipropina e maxilavagem de dinheiro, é imprescindível a prisão cautelar para proteção da ordem pública, seja pela gravidade concreta dos crimes, seja para prevenir reiteração delitiva, incluindo a prática de novos atos de lavagem do produto do crime ainda não recuperado”, afirmou Moro.
Este é o terceiro político condenado na Lava Jato e a manutenção de Argôlo preso é uma maneira de evitar que ele eventualmente venha a assumir um mandato parlamentar nas próximas eleições. “Não é possível que pessoa condenada por crimes possa exercer mandato parlamentar e a sociedade não deveria correr jamais o risco de ter criminosos como parlamentares”, dizia a sentença.
Argôlo mantinha relações próximas ao doleiro Alberto Youssef. Segundo as investigações realizadas, o ex-deputado visitou o escritório do doleiro 78 vezes. Para se defender, ele disse que cobrava de Youssef uma dívida pela venda de um terreno da família, no entanto, os procuradores da Lava Jato apontam que o doleiro fazia repasses de dinheiro para o deputado.
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