EX-FUNCIONÁRIOS DA JARAGUÁ SOFREM COM IMPASSE ENTRE A EMPRESA E A BR DISTRIBUIDORA
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
Os ex-funcionários da Jaraguá que trabalhavam em Barueri (SP), em um contrato para a BR Distribuidora, estão passando por dificuldades e cobram insistentemente o pagamento de suas rescisões e seus direitos trabalhistas atrasados em quase dois meses, avaliados por eles em cerca de R$ 500 mil. A BR chegou a se comprometer a arcar com as despesas, mas diz que só fará um acordo após a desmobilização dos canteiros da Jaraguá e a entrega dos documentos da obra. A Jaraguá foi procurada, mas não se pronunciou.
Os trabalhadores atuavam na construção de dois tanques para armazenamento de óleo combustível, mas o contrato foi rescindido depois que a Jaraguá entrou com pedido de recuperação judicial. O contrato inicial (Nº 4600140933) assinado entre a BR e a Jaraguá era de mais de R$ 9,8 milhões, mas passou por um reajuste, chegando, segundo Miguel Herculano, que atuava como preposto da Jaraguá no contrato, a mais de R$ 11 milhões. Desse total, o ex-funcionário calcula que até R$ 8,5 milhões tenham sido repassados à Jaraguá, mas o contrato foi rescindido antes de o restante ser aplicado.
No início de julho, um grupo de trabalhadores chegou a fazer manifestações em frente à sede da BR em Barueri, pedindo ajuda para sair da situação crítica em que se encontrava. No dia 22 de julho, uma reunião com o Ministério do Trabalho juntou representantes da estatal, do sindicato local e dos trabalhadores, em que ficou acordado que a BR iria pagar os direitos dos ex-funcionários. No entanto, o pagamento ficou condicionado ao recebimento dos documentos relativos ao contrato, e a BR afirma que a Jaraguá não cumpriu a parte dela.
“A Petrobrás Distribuidora informa que a empreiteira Jaraguá ainda não concluiu a desmobilização da obra na Base de Barueri (BAERI), nem entregou os documentos referentes ao caso, especialmente o data book e a relação dos valores devidos aos trabalhadores, conforme tinha sido acertado em reunião com o Ministério do Trabalho, sindicato e outros agentes envolvidos, no último dia 22/07/14. Só depois que esses trâmites estiverem concluídos, a Petrobrás Distribuidora poderá formalizar um acordo”, afirmou a estatal em nota.
Herculano, que vem liderando o movimento dos trabalhadores para resolver as pendências, confirma que alguns documentos ficaram faltando e alega que o problema é da própria crise da Jaraguá, que passa por uma situação complicada. Ele afirma que a Jaraguá não consegue essa a documentação porque contratou uma terceirizada para fazer a base civil das obras e está devendo a ela cerca de R$ 300 mil, referentes a um aditivo de contrato, de forma que os papéis só serão entregues quando a empresa receber o que a Jaraguá deve.
“A BR está procurando tudo minuciosamente para pagar e a gente é cada vez mais penalizado. Tem companheiros que estão até com intimação porque não pagam pensão alimentícia. A BR e a Jaraguá estão brigando entre si e a gente fica nesse meio sem receber um centavo”, afirmou.
De acordo com Herculano, nas outras obras da Jaraguá para a Petrobrás a situação dos ex-funcionários foi resolvida, como no Comperj e no Rnest, por serem contratos maiores, mas os empregados de contratos menores não têm conseguido receber suas rescisões.
Recuperação Judicial
O pedido de recuperação judicial feito pelo grupo Jaraguá foi aprovado pela 7ª Vara de Sorocaba/SP na segunda quinzena de julho, em referência a três empresas controladas pelo empresário Álvaro Garcia. Passaram a ser administradas judicialmente a Jaraguá Engenharia e Instalações Industriais, a Jaraguá Equipamentos Industriais e a Jaraguá Equipamentos Industriais do Nordeste, nas mãos da Fernando Borges Administração. A empresa vinha passando por sérios problemas nos últimos tempos e entrou com o pedido de recuperação judicial na segunda quinzena de junho.
A crise na Jaraguá começou com a mudança do foco da companhia. Especializada em produzir equipamentos especiais, a companhia passou a atuar em obras de engenharia em meados de 2000. Além disso, o represamento dos pagamentos dos pleitos feitos nessas obras pela Petrobrás afundou de vez a Jaraguá na situação grave em que se encontra. Um problema que vem se repetindo com as dificuldades da Petrobrás, que também provocou a quebra de muitas outras empresas e que está deixando até mesmo as grandes companhias de engenharia em sérias dificuldades. No mercado, quase não há exceção. A situação pode ser tornar insustentável para muitas empresas fornecedoras, caso não haja uma mudança na política de pagamento da estatal. Os problemas já começam a reverberar inclusive na política de conteúdo local.
O Petronotícias vem acompanhando o caso da Jaraguá desde o ano passado, quando a empresa começou seu processo de reformulação. Em entrevista, a companhia afirmou que durante a execução de contratos para a Petrobrás, a ocorrência de custos adicionais levou a direção da Jaraguá a desembolsar recursos extraordinários, resultando em problemas com o fluxo do caixa.
Iremos parar o terminal da BR pois a JARAGUÁ já está morta e enterrada… Derramamos o nosso suor na BR construindo os 2 tanques
Agora ela, a BR, fica dificultando a entrega dos documentos, o Ricardo Camizão que se acho o dono da BR, está procurando pelo em ovo, dificultando as coisas para não pagar a nossa rescisão.
Será que a Petrobras não pode mesmo pagar diretamente os funcionários ? Pede-se permissão ao Conselho, a Diretoria vota e todos ficam resguardados. É só querer….
Amigos, nos ex funcionários da Jaraguá equipamentos estamos passando por um momento complicado de estrema falta de respeito e consideração por parte da BR e Jaraguá,…. Nós ex funcionários da Jaraguá Equipamentos Sempre trabalhamos em prol de melhorias, respeito e companheirismo com os colaboradores da Jaraguá e da Propriá BR Distribuidora embora muitas vezes vimos alguma indiferenças por parte da BR, vestimos a camisa das duas empresas tanto Jaraguá e da BR até o ultimo dia…. Prestamos um bom trabalho e seguimos todas as determinações dadas pela BR distribuidora la dentro para construção dos TQS….em fim E o que ganhamos… Read more »
Concordo com você Rapaz! já trabalhei la dentro a muito tempo atrás e vi que toda a Gerencia da BR trabalha desta forma sempre visa só lucro, quanto mais venda melhor, e não condições de trabalho….Quase todas as empresas que lá trabalham oferece ao trabalhador uniforme, botas,e os equipamentos para trabalho sóóóó…. Plano de saúde medico para o Profissional e familiares, ajuda de custo, Plr, nunca na GALAXIA ouvi falar que deram, diferente de vários lugares que já trabalhei, Uma vez perguntei ao fiscal da obra sobre isto ele me falou, que não está previsto em contrato por este motivo… Read more »
É isso aí companheiros a BR DISTRIBUIDORA DE BARUERI é um verdadeiro Lixão, sem contar os cabos de alta tensão que se arrastam pelo chão, colocando a vida de milhares de pessoas em risco, para quem não conhece a BASE BAERI, fica em uma região bastante populosa de São Paulo, e o descaso lá dentro com a vida humana é total. É permanentimente proibido o uso de aparelhos celular dentro da BASE, porém, essa proibição é só para os empreiteiros porque os Petroleiros “CRACHAZINHO VERDE” pode usar e abusar do celular, dentre outras coisas que vou citar abaixo… Lá na… Read more »