EXECUTIVOS DA SHELL DESTACAM IMPORTÂNCIA DA COMPETITIVIDADE PARA O MERCADO BRASILEIRO DE ÓLEO E GÁS
Em apresentação no primeiro dia da feira Rio Oil & Gas, os executivos da Shell comentaram as tendências para o mercado nas próximas décadas. O vice-presidente Comercial, de Desenvolvimento de Novos Negócios e de Gás Integrado de Upstream para as Américas, Jorge Santos Silva, destacou a importância da estabilidade das rodadas de licitações. Já o vice-presidente de Exploração da Shell para as Américas, Mark Shuster (foto), falou sobre o aumento na demanda por energia que o crescimento populacional deverá trazer nas próximas décadas e a necessidade de o Brasil se manter competitivo frente a outros atores que crescem no mercado.
Destacando o aumento da demanda por energia, Mark Shuster disse que o pré-sal brasileiro é uma das principais mudanças da indústria mundial nos últimos anos, sendo potencialmente comparável à revolução do xisto nos Estados Unidos. “Cerca de 30 % do custo total do projeto está relacionado à cadeia de suprimentos. Esta é uma grande oportunidade para fornecedores locais, mas precisamos de uma cadeia de suprimentos que forneça produtos e serviços de boa qualidade, de rápida resposta e com custo competitivo”, declarou.
Segundo Shuster, é necessário que o governo e a indústria descubram o que deve ser feito para que o país usufrua dessa oportunidade de maneira mais eficiente, o que só será possível se o Brasil se tornar mais competitivo. “É necessário pensar como a política de conteúdo local será gerida de modo a desenvolver a produção de maneira responsável e competitiva”, disse, acrescentando que se não tomar as decisões corretas, o Brasil poderá ser atropelado por outros atores como o México e Estados Unidos.
Em sua apresentação, Jorge Santos Silva disse que é de interesse de todos que haja regularidade e previsibilidade das rodadas. “A nossa indústria precisa pensar décadas à frente”, comentou, acrescentando que os recursos do pré-sal devem crescer dos 7% da produção brasileira, em 2010, para 72%, em 2020. “O Parque das Conchas, na bacia do Espírito Santo, foi o resultado de nove anos de esforços para explorar reservas extremamente desafiadoras, que exigiram o desenvolvimento bem sucedido e a implantação simultânea de várias novas tecnologias”, lembrou.
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