ARGENTINA APROVA NOVAS REGRAS PARA ATRAIR INVESTIMENTOS EM ÓLEO E GÁS | Petronotícias




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ARGENTINA APROVA NOVAS REGRAS PARA ATRAIR INVESTIMENTOS EM ÓLEO E GÁS

Cristina_Kirchner_1A Argentina está entrando na lista dos nossos países vizinhos que começam a dar passos para atrair novos investidores do mercado de petróleo. A autorização do congresso do país para exploração de jazidas de xisto pelo processo de fraturas hidráulicas, além de algumas outras medidas, tem gerado muita controvérsia no país sul-americano. Após votar a favor da exploração desse tipo de poço, o governo recebeu críticas de ambientalistas, contrários à medida, e marcou algumas posições para tentar se desvencilhar da imagem que ficou após a expropriação da Repsol em 2012.

Em meio a uma crise econômica, o país liderado por Cristina Kirchner acredita no petróleo como uma das principais opções para impulsionar o crescimento, com intenções bem definidas do governo. O contrato assinado há alguns meses entre a YPF e a Chevron, de US$ 1,6 bilhão, com termos secretos, foi um dos passos neste sentido. Agora, no fim do mês passado, o congresso argentino votou por novas regras de concessão de poços de exploração de petróleo, tentando atrair investimentos de todo o mundo ao país. Em uma dessas regras, a exploração das jazidas de xisto foi autorizada por concessões renováveis de 35 anos, assim como a desoneração de seu maquinário. Houve redução de impostos para petroleiras que invistam mais de US$ 250 milhões e uma regra importante para garantir a segurança das empresas: o Estado não pode se tornar sócio sem haver investimento do governo.

O “fracking”, como é chamado comumente o processo de fraturamento hidráulico, é basicamente a injeção de produtos químicos e água para a fratura do xisto, uma rocha sedimentar não-permeável, liberando o petróleo e o gás natural reservados na camada. Além de riscos ambientais como a contaminação do lençol freático, uma das reivindicações dos que se manifestam contra o uso da fratura hidráulica é uma maior participação da população indígena Mapuche, com território em Vaca Muerta, em Neuquén, na Patagônia. Neuquén foi apontado pela Advanced Resources Internacional como “provável melhor campo fora da América do Norte”. Já os defensores do fraturamento hidráulico afirmam que há procedimentos de segurança avançados hoje em dia para garantir que não haja contaminação do lençol freático e negam que haja provas em relação a impactos sísmicos gerados com a técnica, como alguns críticos já apontaram.

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