EXPLORAÇÃO MINERAL EM ÁGUAS PROFUNDAS ABRE OPORTUNIDADES PARA CADEIA DE FORNECEDORES
A decisão do Brasil de requerer o direito de exploração mineral em águas profundas fora dos limites de sua plataforma continental pode abrir centenas de oportunidades para uma nova cadeia de fornecedores e se transformar numa espécie de pré-sal em termos de novos negócios. A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) vai encerrar no próximo mês o mapeamento geológico básico da região denominada Elevado do Rio Grande, localizada a 1.500 quilômetros da costa, ainda mais distante do que o pré-sal, localizado a 300 quilômetros, do Atlântico Sul. O projeto foi Iniciado em 2010, e é estratégico para o governo, mas tem apenas um orçamento de R$ 18 milhões para o período 2011-2012, que correspondem a cerca de 30% dos R$ 52 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltados à exploração marinha.
Até agora, as amostras coletadas indicam a potencial presença de metais como cobalto, cobre, níquel, manganês, ouro e até as chamadas terras raras, utilizadas em equipamentos de indústrias de alta tecnologia. A sexta expedição da CPRM a bordo do navio fretado de uma empresa holandesa já desembarcou no Porto de Niterói, no Rio, após 35 dias de viagem. A sétima e última expedição tem partida marcada para este domingo, dia 22. Até julho serão definidas as áreas de maior interesse a serem detalhadas para uma possível exploração comercial. Por se tratar de águas internacionais, a atividade exploratória na região deverá ser requerida e liberada pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. Além do Brasil, países como a China, Alemanha e Rússia vêm desenvolvendo atividades na área. O país busca ter exclusividade no estudo da viabilidade comercial da região por 15 anos, caso receba a concessão das autoridades dos Fundos marinhos.
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