EXPLORAÇÃO NA FOZ DO AMAZONAS PODE TER SIDO TEMA DO ENCONTRO EM PAULO GUEDES COM PRESIDENTE DA TOTAL EM DAVOS
No encontro entre o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Presidente da Total, Patrick Pouyanné (foto abaixo), esta manhã (24) em Davos, no Fórum Econômico, na Suiça. Foram tratados muitos dos temas de investimentos da empresa francesa no Brasil. Sócia da Petrobrás em vários projetos, a Total espera reverter a proibição da exploração da Foz do Amazonas, que pode ter sido impedida por viés ideológico da ex-presidente do Ibama, Suely Araújo. A empresa francesa fez investimentos milionários depois de ter comprado o direito de exploração em sociedade com a própria Petrobrás e como o sinal verde da ANP, a agência reguladora, que também esperava a liberação da exploração de petróleo na região que seria pelos técnicos do IBAMA.
A pressão de ambientalistas do Greenpeace, que encontraram uma área de corais, fez com que o IBAMA suspendesse os trabalhos. Depois de ter sido feitas muitas exigências à empresa francesa para iniciar a exploração, no apagar das luzes do governo Temer, a presidente do órgão tomou a decisão de manter a proibição, dizendo que não haveria mais qualquer possibilidade de recurso, nem ao próprio Ministro do Meio Ambiente, vetando a exploração definitivamente. Mesmo antes de assumir, o Presidente Bolsonaro disse que iria rever todas as ultimas decisões do governo Temer. Certamente a decisão de proibir investimentos numa área considerada riquíssima em petróleo, deverá ser revista. E o que espera a Total. Provavelmente esse tema sensível, foi tratados entre o ministro e o presidente da empresa francesa.
A Total também parceria da Petrobrás em outros projetos no país. Além do investimento no campo de Iara, a Total comprou 45% da participação da estatal brasileira no campo de Lapa, no pré-sal da Bacia de Santos, contestada na justiça pela Federação do Petroleiros. O projeto colocou a empresa francesa no grupo de operadoras no pré-sal brasileiro. Lapa é o quinto maior campo produtor de petróleo do pré-sal e, de acordo com dados da ANP, produziu em novembro do ano passado 30,3 mil barris por dia de petróleo.
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