EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE PETRÓLEO PARA A CHINA MAIS QUE TRIPLICA ENTRE JANEIRO E MAIO
O volume de petróleo exportado pelo Brasil para a China aumentou em 260% neste ano, colocando o país asiático como principal destino do insumo nacional. Somente entre janeiro e maio, 5,4 milhões de toneladas foram enviadas à China, o equivalente a 35% de toda a exportação do produto no período e garantindo o posto de maior compra já feita por um único país.
O aumento no consumo de petróleo brasileiro por chineses ocorre ao mesmo tempo em que as relações entre os países se estreitam. No último mês, uma série de acordos foi assinada pela presidente Dilma Rousseff e pelo primeiro-ministro chinês Li Keqiang (foto). O acordo inclui estatais e empresas privadas dos dois países, incluindo a Petrobrás. Um crédito de US$ 7 bilhões foi conseguido pela petroleira junto a bancos chineses.
A compra de petróleo pelos chineses fez com que o Brasil batesse recorde na venda de petróleo neste ano. Até maio, foram exportadas 15 milhões de toneladas para todo o mundo, uma alta de 80% em comparação ao mesmo período do último ano. A queda de cerca de 40% no valor do barril do petróleo nos últimos 12 meses, no entanto, fez com que a receita apresentasse queda.
Com o posto de maior importador de petróleo brasileiro, a China se torna o maior comprador de quatro dos dez principais produtos da pauto exportadora nacional. Antes, o país asiático já era a maior importadora de soja, minério de ferro e celulose.
A participação chinesa no mercado de óleo e gás brasileiro se iniciou ainda no mandato Lula, em 2009, quando o então presidente viajou ao país asiático e conseguiu um financiamento de US$ 10 bilhões. Para liberar a verba, através do Banco de Desenvolvimento da China, o Brasil assinou um acordo de fornecimento de petróleo por dez anos para a Sinopec, dona de refinarias na Ásia.
Em 2010, a Sinopec adquiriu participação da subsidiária Repsol no Brasil e a Sinochem comprou fatia da norueguesa Statoil em um campo de petróleo no país. De lá para cá, outras empresas também controladas pelo governo chinês se estabeleceram aqui, como a Cnooc e CNPC, que participaram do consórcio para explorar o pré-sal.
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