EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE PRODUTOS QUÍMICOS EM MAIO TEM PIOR RESULTADO DESDE 2008
O setor químico brasileiro teve um mês de maio com resultados bem negativos. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o país exportou US$ 862 milhões no período, o que foi o pior resultado mensal em produtos químicos desde a crise econômico-financeira internacional de 2008. Além disso, a entidade declarou que as importações em produtos químicos foram as maiores desde setembro do ano passado, totalizando praticamente US$ 3,5 bilhões no mês.
A associação informa ainda que nos últimos doze meses, o déficit da balança comercial de produtos químicos chegou a US$ 25,2 bilhões. Para a Abiquim, este é um indicador que sinaliza para um agravamento do cenário do setor. Este déficit é 7,7% maior na comparação com o do total de 2017, de US$ 23,4 bilhões.
A entidade também mostra preocupação com a redução da alíquota do Reintegra de 2% para 0,1% e da revogação do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), por meio da Medida Provisória 836, que segundo a Abiquim vai “gerar o fechamento de plantas, postos de trabalho e causar perdas que poderão chegar a R$ 3 bilhões até 2021”.
“Se considerada a situação de fragilidade do mercado interno e a necessidade imperiosa de exportação, a redução do Reintegra – definido pelo Governo como um benefício, quando, na verdade, é um mecanismo de ressarcimento tributário – não faz o menor sentido. Essa decisão coloca em risco a frágil retomada do crescimento econômico brasileiro e especialmente os empregos de qualidade gerados pelas empresas exportadoras de produtos de alto valor agregado e de elevado nível tecnológico, como é o caso da química“, disse o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo.
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