EXPOSIBRAM 2024 PREVÊ QUE O SETOR BRASILEIRO DE MINERAÇÃO PODE ATRAIR INVESTIMENTOS DE US$ 50 BILHÕES ATÉ 2027
A cidade de Belo Horizonte vai sediar até amanhã (12), a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração, um dos mais relevantes eventos do setor na América Latina e grande hub de experiências da mineração. O evento reúne no Expominas os representantes das principais mineradoras com atuação global, especialistas renomados, fornecedores de produtos e serviços, players do setor produtivo, governamental e terceiro setor. O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, participarÁ nesta quinta-feira (12) do painel sobre “Atração de investimentos internacionais para a transformação de minerais críticos na transição energética.” Jorge Viana diz que “A Apex tem atuado em consonância com as políticas para minerais críticos do Ministério de Minas e Energia e com o Plano Nova indústria Brasil do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços para posicionar o Brasil como importante ator na transição energética e mostrar o potencial do setor mineral brasileiro como segmento sustentável e promissor”.
O setor brasileiro de mineração estima atrair investimentos de US$ 50 bilhões até 2027. O Brasil possui reservas significativa de minerais estratégicos. O país possui 94,1% de nióbio, 16% de níquel, 9,1% de terras raras, 22,4% de grafita e 4,7% das reservas mundiais de lítio, minerais críticos fundamentais para transição energética. “Temos reservas e produzimos quase todos os minérios considerados estratégicos por países como Estados Unidos, China e União Europeia“, reforça o presidente. Ele lembra que, diante dos impactos das mudanças climáticas, o mundo precisará se voltar cada vez mais para fontes de energia mais limpas e renováveis. “Com isso, a demanda por minerais críticos, essenciais para esta transformação da matriz energética, só tende a aumentar. Precisamos buscar novos investimentos estrangeiros para este setor. E a Apex está pronta para esta missão“, destacou Jorge Viana (foto à direita). Ele reforça que a exploração destes recursos naturais deve ser feita de maneira responsável e dentro das boas práticas alinhadas aos princípios ambientais, sociais e de governança.
Com moderação da gerente de Investimentos da ApexBrasil, Helena Brandão (foto à esquerda), o painel organizado pela ApexBrasil, em parceria com o IBRAM, durante o Congresso, conta ainda com a participação do assessor da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República, Anderson Arruda; da diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética, Heloísa Borges; do diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral – Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Cota; do presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Ricardo Bastos; e do representante da ANODOX AB, Leonardo Uehara. Os participantes vão analisar as perspectivas e as oportunidades de negócios internacionais ligadas à cadeia de transformação industrial de minerais críticos, considerados cruciais para o processo de transformação energética.
Com faturamento de R$ 248 bilhões (2023), o setor brasileiro de mineração gera mais de 214 mil empregos diretos e cerca de 2,5 milhões indiretos em toda a cadeia produtiva, segundo dados do Ministério de Minas e Energia. De acordo com a Agência Nacional de Mineração, somente no ano passado, 2.700 municípios receberam R$ 6,8 bilhões de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), estabelecida pela Constituição de 1988, que é um valor pago como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios, chamado royalty da mineração. Minas Gerais, Pará, Goiás e Bahia são os estados que mais recebem estes recursos.
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