EXXON MOBIL DESISTE MOMENTÂNEAMENTE DE EXPLORAR PETRÓLEO NO BRASIL E FOCA NA GUIANA, ANGOLA E CANADÁ
ORLANDO – POR FABIANA ROCHA – Uma reportagem publicada pelo The Wall Street Journal indica a desistência momentânea da gigante norte-americana Exxon Mobil para explorar de petróleo no Brasil. A empresa ExxonMobil encerrou uma campanha depois de fazer investimentos bilionários na perfuração de poços que não deram resultado. Por isso, a empresa decidiu mandar seus profissionais mais qualificados em exploração para outros países, como a Guiana, Angola e o Canadá, transferindo essa turma dos escritórios no Rio de Janeiro. As explorações em águas profundas no Brasil, não foram bem sucedidas depois de investimentos que podem ter passado de US$ 4 bilhões.
A ExxonMobil apostava no Brasil e na exploração do pré-sal. Outras companhias estrangeiras tiveram sucesso, incluindo aí a competência brasileira da Petrobrás. Hoje, a maior parte das reservas nacionais estão calçadas no pré-sal. O fim dos esforços no Brasil é um revés importante nas operações da gigante do petróleo dos Estados Unidos. A empresa no sempre colocou o Brasil como parte importante da sua estratégia de crescimento, até mesmo pelo baixo custo de exploração em função da diferença do câmbio e das oportunidades nos leilões realizados no Brasil. A empresa, no entanto, não desistiu de vez. Um porta-voz da companhia diz que a petrolífera continua comprometida com o país e busca outros projetos de exploração.
Para lembrar, em 2021, a ExxonMobil perfurou dois poços nas bacias de Campos e Santos e no ano passado perfurou um terceiro poço na bacia de Sergipe-Alagoas. Nenhum deles se mostrou economicamente viável. A ExxonMobil tenta repetir o sucesso que outras petrolíferas tiveram na busca por petróleo em águas profundas na região, mas ainda não teve pleno êxito. A companhia tem uma participação minoritária no Campo de Bacalhau, localizado na Bacia de Santos, ativo que é operado pela norueguesa Equinor, com projeção de produção de 220 mil barris de óleo por dia a partir de 2025. A opção da empresa é exploração em águas da Guaiana, onde encontrou petróleo viável para exploração comercial em seis poços e trabalha para perfurar mais. A empresa também pensa em participar de projetos de exploração da Margem Equatorial, a mais nova fronteira em águas profundas e ultraprofundas.
Deixe seu comentário