EXXON PODE VOLTAR A INVESTIR EM EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO NO BRASIL, COM FOCO NO PRÉ-SAL

A Exxon, presidida por Darren Woods (foto), está se preparando para retomar uma posição no setor de exploração e produção de óleo e gás brasileiro. Depois de alguns anos fora do país, a petroleira americana já se movimenta para as novas rodadas de licitação do pré-sal marcadas para este ano e pode fechar parcerias com a Petrobrás neste sentido.

O assunto veio à tona esta semana, após publicação de reportagem do Wall Street Journal, que relatou as negociações da companhia estrangeira com a estatal brasileira, aventando inclusive a possibilidade de formação de uma joint venture para a participação nos próximos leilões do pré-sal.

O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, confirmou na terça (4) que teve conversas sobre o assunto com executivos da Exxon nos Estados Unidos, recentemente, e que eles demonstraram grande interesse no pré-sal, mas que não há nada concreto entre as empresas. Ao fim do dia, a estatal emitiu uma nota oficial afirmando que “não há negociações em andamento para parcerias com a empresa norte-americana Exxon Mobil”.

Ainda assim, tudo indica que a estrangeira retorne ao Brasil, em função das inúmeras mudanças promovidas pelo governo, como o fim da obrigatoriedade da operação única no pré-sal e a quebra do conteúdo local – que prejudicará toda a indústria de bens e serviços nacional.

No passado, a Exxon chegou a operar um bloco na área do pré-sal, o BM-S-22, onde detinha 40% de participação, em sociedade com a Hess Corp (40%) e a Petrobrás (20%), mas as perfurações na área, apesar de terem encontrado indícios de petróleo, tiveram resultados considerados insuficientes para a viabilização econômica. Agora, com maiores facilidades e menos custos, além do avanço das tecnologias offshore – principalmente das impulsionadas pela Petrobrás –, o negócio se tornou mais atrativo para a petroleira americana.