EXXONMOBIL RECEBE SINAL VERDE E FARÁ A PERFURAÇÃO DE NOVOS POÇOS NA GUIANA, GERANDO NOVOS EMPREGOS NO PAÍS VIZINHO
O Brasil segue a máxima de ser “um país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade”. Isso porque enquanto a Petrobrás aguarda uma nova decisão do Ibama para poder, finalmente, avaliar o potencial petrolífero da Margem Equatorial, a ExxonMobil fez novos avanços na região. A empresa americana recebeu sinal verde para sua campanha de perfuração de exploração e avaliação de 35 poços no Bloco Stabroek, na costa da Guiana. O aval foi dado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) do país. Isso permitirá que a petrolífera descubra novos recursos e reavalie os hidrocarbonetos recuperáveis existentes nos reservatórios do bloco, possibilitando futuros projetos de desenvolvimento em potencial. A expectativa é que a atividade gere novos empregos e aumente ainda mais as reservas do país. Ao que indica, o governo da Guiana sabe que os recursos petrolíferos tem certa “data de validade” diante da transição energética e está sendo célere ao explorar essas riquezas. Um bom exemplo que o Brasil, ao que parece até aqui, não quer seguir.
A ExxonMobil espera iniciar essas atividades de perfuração no terceiro trimestre deste ano e, se forem feitas descobertas, poderão ser realizados testes de poços. A conclusão da campanha de perfuração está prevista para o quarto trimestre de 2028. Com base no alcance e no tamanho médio da tripulação para a frota de navios-sonda e navios de abastecimento atualmente operando nas águas da Guiana, a força de trabalho offshore seria de aproximadamente 175 pessoas a bordo de um único navio-sonda. Alguns dos navios-sonda que recentemente perfuraram novas descobertas de petróleo na Guiana para a ExxonMobil são Stena Carron, da Stena Drilling, que abriu o poço Fangtooth SE-1, e Noble Don Taylor, da Noble Corporation, usado para o poço Lancetfish-1.
De acordo com a Agência de Proteção Ambiental da Guiana (EPA), a campanha de perfuração de avaliação e exploração de 35 poços no Bloco Stabroek foi aprovada depois que o Conselho de Avaliação Ambiental revisou e declarou aceitável a Declaração de Impacto Ambiental e a Avaliação de Impacto Ambiental (EIA) dos efeitos cumulativos relacionados a este projeto. “A EPA está convencida de que o projeto pode ser conduzido de acordo com boas práticas ambientais e de maneira a evitar, prevenir e minimizar quaisquer efeitos adversos que possam resultar da atividade”, destacou a Agência de Proteção Ambiental.
O objetivo desta campanha de perfuração de poços múltiplos será explorar e avaliar ainda mais as reservas de hidrocarbonetos do Stabroek Block. A localização exata dos 35 poços ainda não foi finalizada. Enquanto alguns dos poços serão perfurados para fins de exploração, a ExxonMobil explica que alguns dos poços podem ser perfurados como poços de avaliação nas proximidades de áreas de exploração previamente perfuradas.
Em 2015, foi descoberto petróleo no campo de Liza, na metade leste do Bloco de Stabroek. Após essa descoberta e com base nas atividades de exploração e avaliação até o momento, a ExxonMobil identificou a presença de vários reservatórios de petróleo bruto com um recurso recuperável estimado de aproximadamente 1,75 bilhão de metros cúbicos de óleo equivalente na metade oriental do Stabroek Block.
A petroleira aponta que os projetos de desenvolvimento de produção de Stabroek trouxeram mais de US$ 1 bilhão em receita direta para a Guiana até o momento. Essas operações de petróleo criaram oportunidades para mais de 4.400 trabalhadores da Guiana que atualmente apoiam atividades onshore e offshore e para mais de 1.000 empresas locais, que receberam aproximadamente US$ 700 milhões de gastos com esses projetos.
Espera-se que a nova campanha de perfuração traga mais benefícios e usará vários navios-sonda, semelhantes aos atualmente usados para atividades de perfuração na Guiana, para perfurar os poços de desenvolvimento. Para cada poço, a seção inicial contará com uma tubulação instalada no furo e cimentada no local. Esta seção será perfurada usando fluidos de perfuração à base de água, e os cascalhos de perfuração desta seção serão descarregados no fundo do mar perto do poço.
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