FABRICANTES DE PRODUTOS COM TECNOLOGIA LED PEDEM MAIS APOIO DO GOVERNO PARA AUMENTAR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO PAÍS

Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –

Alternativa para iluminação convencional, a tecnologia LED garante economia de até 90% no consumo de energia e ganho de 25% na durabilidade, apesar de ter um custo de investimento mais alto que os sistemas comuns. No entanto, o conhecimento sobre os benefícios em termos de eficiência energética ainda é pouco difundido no Brasil. Segundo o gerente de produtos da Osram, Pedro Sega, as fabricantes desse tipo de tecnologia precisam de mais apoio do governo.

A Osram é uma multinacional alemã fabricante de soluções para iluminação, sendo uma das suas líderes do segmento no mundo. O portfólio da companhia abrange lâmpadas, semicondutores ópticos como diodos emissores de luz (LED), reatores eletrônicos, luminárias, sistemas de gerenciamento e soluções em iluminação, sendo que mais de dois terços da receita da empresa vêm de produtos voltados à eficiência energética.

Como funciona a tecnologia LED?

A tecnologia LED é o que há de melhor em iluminação. A substituição de uma lâmpada comum por uma LED proporciona uma economia de até 90% no consumo de energia, além de um ganho de 25% na durabilidade do produto. A eficiência dessa tecnologia também pode ser verificada no foco dos raios de luz, que é muito maior que o verificado nas lâmpadas comuns, e na sustentabilidade ambiental, já que não emite mercúrio ou raios gama.

O mercado brasileiro está atrativo para produtos com essa sofisticação?

Percebe-se um crescimento do mercado brasileiro, mas ainda é pouco. Se for comparar com o que acontece na Europa e nos Estados Unidos, há um atraso no Brasil. Nessas regiões, o conhecimento sobre a tecnologia LED está mais difundido entre os consumidores.

Como vocês trabalham com o conceito de eficiência energética em seus produtos?

O conceito de eficiência energética pode ser verificado na própria comparação com as lâmpadas incandescentes, recentemente banidas. Nelas, só 5% da energia é transformada em iluminação, sendo que o resto é dissipado em calor. Com a tecnologia LED, que tem maior fluxo luminoso por watt, esse aproveitamento sobe para 30%.

O preço desses produtos não os tornam pouco atrativos?

Os preços ainda são altos no mercado brasileiro, mas estão caindo. Temos encontrado dificuldades, como a alta carga de impostos e a lentidão nos processos de lançamento de produtos.

Vocês conseguem financiamento especial para desenvolver produtos com esse conceito?

O setor precisa de mais apoio do governo, mas ainda não existe financiamento para esse tipo de tecnologia. Nós mantemos contato constante com a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), para discutir os interesses das indústrias e esse é um dos pontos abordados.