FALTA DE ENCOMENDAS PARA INDÚSTRIA NAVAL FAZ EXPLODIR O DESEMPREGO NO SETOR
A indústria naval já perdeu mais de 10 mil postos de trabalho nos últimos meses e continua ladeira abaixo. Em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, só nesta semana, demitiu quase 100 pessoas. Proporcionalmente, nenhuma cidade perdeu tantos empregos em 2016. O maior estaleiro fechou 2,7 mil postos. Em 2011, a empresa chegou a ter 9 mil funcionários. Hoje são apenas 2.500. O trabalho se restringe a conclusão de projetos antigos. As maiores obras estão paradas por falta de dinheiro. A dificuldade de emprego em outras regiões do país provoca transtornos. É o único estaleiro que está funcionando. Então sempre tem trabalhadores em busca de uma oportunidade. O desemprego gera um impacto direto na economia da região. Vários comércios próximos ao estaleiro fecharam as portas. Placas de venda e aluguel são cada vez mais comuns nos imóveis.
A recém criada Associação Brasileira de Engenharia da Construção Onshore, Offshore e Naval (Abecoon) planeja criar cursos para engenheiros e técnicos da área desempregados para não deixarem o segmento. Os cursos incluem também aulas de planejamento financeiro, para que esses profissionais se equilibrem do ponto de vista financeiro, durante o período de falta de vagas no setor. As recentes licitações da Petrobrás para a contratação da instalação da unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Comperj, no Rio de Janeiro, e para a construção das plataformas de produção de petróleo dos campos de Libra e Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos, que incluíram empresas estrangeiras, reacenderam a discussão sobre a manutenção de mão de obra no setor petrolífero brasileiro. No fim do ano passado, a Firjan encabeçou um grupo de 14 associações e entidades representantes da indústria para lançar o “Movimento Produz Brasil”. O objetivo é defender o conteúdo local como um dos mecanismos de política industrial e ressaltar a contribuição da produção nacional na geração de emprego, renda e arrecadação de impostos. A entrega das propostas para a construção das plataformas está prevista para 11 de fevereiro.
To maravilhoso que aceite, a p69 já está a caminho