FALTA DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA CRIARÁ UM GRAVE PROBLEMA AMBIENTAL NO FINAL DA VIDA ÚTIL DOS PAINÉIS SOLARES
Energia renovável, sim. Mas nem tão limpa assim. Os defensores da geração solar começam a encarar uma nova realidade. Uma realidade que nós já falamos aqui no Petronotícias algumas vezes: O que fazer com os painéis solares depois do seu tempo de uso? Não será um legado tão bonito assim. O que fazer com milhões de painéis solares tóxicos que não podem ser reciclados e simplesmente são destinados aos aterros sanitários? O que fazer com esse rejeito? Isso precisa de uma reposta imediata. Os painéis solares já tem contra si as áreas gigantescas que ocupam de terra para gerar uma quantidade de energia que seja suficiente para ser uma grande usina de energia. Agora, está chegando a hora de pagar essa conta. Depois de um certo tempo, cerca de 25 anos, o que fazer com eles? Se for para uso doméstico, cada pessoa terá um problema para resolver dentro de alguns anos. Pensou em ser ecológico, mas estava criando um outro problema para a natureza.
Em todo o mundo, milhões e milhões de painéis solares já atingiram a vida útil. Eles não podem ser reciclados, o que significa que são destinados ao lixão local. Cada painel é um verdadeiro coquetel tóxico de arseneto de gálio, telúrio, prata, silício cristalino, chumbo, cádmio e outros metais pesados. À medida que a substância penetra no lençol freático, não é difícil imaginar o efeito sobre o abastecimento de água, o meio ambiente e a saúde humana. E não se trata apenas de encher aterros com lama tóxica. Enquanto eles estão acima do solo, os painéis solares estão enviando o mercúrio para o norte, adicionando 3-4 ° C à temperatura média do ambiente em que estão situados. Ainda parece uma boa ideia, mas isso tem um custo.
Os defensores dessa fonte certamente não ficarão muito contentes com o que diz essa reportagem, mas mesmo chateados, precisam encarar o problema de frente para uma solução harmônica e ambientalmente confortável. Os críticos dizem que os painéis solares geram montanhas de resíduos, aquecem o planeta, cobrem os habitats da vida selvagem e causam outros danos ecológicos. Contra isso, não há argumentos.
Um artigo recente na revista especializada Grist, relata que a maioria dos painéis solares usados são enviados para países em desenvolvimento que têm pouca eletricidade e proteção ambiental fraca, para serem reutilizados ou depositados em aterros. A quase total ausência de procedimentos de fim de vida para painéis solares é provavelmente um subproduto da crença de que a energia renovável é “limpa” e “verde.” O sol é certamente gratuito e limpo, no entanto, há uma advertência que é chama a atenção. E pode se chegar a conclusão que aproveitar a luz do sol e o vento para servir a humanidade não é assim, de graça. Nem limpo, verde, renovável ou sustentável. Tem um custo e será alto no fim da vida útil desses equipamentos.
No Brasil, ainda não há uma lei de Controle e Recuperação de resíduos de painéis solares. Não há nada sobre regulamentação de instalações solares e seus resíduos. O que fazer então com a liberação real de substâncias perigosas que poderiam colocar em risco a saúde pública ou o meio ambiente? Neste caso específico, o conhecimento dos nossos profissionais da energia nuclear, civis ou da Marinha Brasileira, talvez possa iniciar um pensamento, um estudo, um programa, com este objetivo. São quadros de profissionais preparadíssimos. As empresas produtoras desses painéis, por sua vez, podem criar um fundo para financiar esse estudo ou pagar uma taxa, sem repassar para o consumidor, para financiar os testes necessários no Brasil. É uma ideia.
O Brasil armazena o seu resíduo nuclear próximo das nossas usinas, usando a mais moderna tecnologia para isso. Para a energia solar, nenhum passo foi dado até agora. Enquanto as empresas de carvão, nuclear e petroquímica devem apresentar planos detalhados e caros para lidar com consequências negativas reais ou potenciais de suas operações, as empresas de energia solar (e eólica) foram recompensadas com subsídios maciços e absolutamente nenhum padrão ou exigência de descarte.
Nenhum subsídio do governo exige que as empresas solares reservem dinheiro para descartar, armazenar ou reciclar os resíduos gerados durante a fabricação ou depois que grandes usinas solares tenham deixado de funcionar e sido demolidas. Os clientes da energia solar (e eólica) também não são cobrados pela limpeza, descarte ou reutilização e reciclagem de resíduos. Isso e os subsídios maciços distorcem e escondem os verdadeiros custos da energia solar.
Mas a realidade está começando a aparecer. Os custos da reciclagem parece que terão de ser pagos, em última instância, pelos consumidores. Quanto mais painéis solares tivermos, provavelmente bilhões em alguns anos, maiores serão os custos. A Austrália já está lidando com essa realidade indesejável. Só em 2018 os responsáveis pelo meio ambiente determinaram o desenvolvimento acelerado de novos esquemas de administração de produtos para painéis solares fotovoltaicos, como os que os fabricantes e varejistas de televisão e computador têm de cumprir desde 2011. Desde 2002, a Diretiva de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (WEEE) da União Europeia exige que os produtores originais de resíduos eletrônicos garantam e paguem para receber e reciclar seus resíduos, para que os consumidores finais não sejam surpreendidos pelos custos adicionais de descarte. No entanto, os resíduos de painéis solares fotovoltaicos não foram incluídos. O financiamento do produtor para o tratamento de resíduos fotovoltaicos, portanto, não pode ser aplicado a painéis solares mais antigos. Então, quem vai pagar? E quanto?
O problema de resíduos de painéis solares continuará a crescer à medida que mais painéis chegarem ao fim de sua vida útil. Quatro anos atrás, a Agência Internacional de Energia Renovável estimou que já havia cerca de 250.000 toneladas métricas de resíduos de painéis solares em todo o mundo. E esse total explodirá para 78 milhões de toneladas métricas em 2050. Então, quando você ler que a energia solar já é mais barata que o gás natural, não se deixe enganar. Eles estão omitindo os custos de poluição e descarte, bem como perdas de habitat, ilhas de calor solar e a necessidade de geração de energia de reserva ou baterias.
De fato e uma realidade que ainda não estamos preparados
Vejo muitas empresas vendendo mas nenhuma está trazendo uma solução sou da área elétrica e e trabalhe um tempo com geradores eólico e nessa vida de trabalho e estudo consegui fases um protótipo de um gerado elétrico hidráulico e vi que e possível gera energia usando força hidráulica
Matéria tendenciosa de quem é contra as mudanças, e também afetado economicamente pela entrada da energia solar. Acho muito importante o olhar sobre a reciclagem dos painéis. No entanto, já existem empresas especializadas em logística reversa e reciclagem dos painéis fotovoltaicos. Além disso, aqui no Brasil a energia solar começou a dar os primeiros passos em 2012. Levando em consideração o tempo de vida útil desse tipo de equipamento (25 A 30 anos) falta muito tempo ainda para começarmos a reciclar. Energia Solar é um movimento sem volta. Lamentável matérias como essa.
Discordo das críticas a essa matéria esta certo sim em preocupar com o futuro e não a tolice de imbecilidade de esperar 25 anos para começar pensar,como aconteceu com os lixos eletrônicos.
Há tecnologias de reciclagens de painéis sim. Procurem por FRELP project e PC cycle, na Europa já funciona muito bem.
E um absurdo pensar dessa maneira a energia solar veio para ficar quanto a reciclagen erra resolvida pode ter certesa lamentavel esta reportagem
Mas a pergunta que não sai da minha mente é: quantas vezes pode ser reciclado? Os insumos como cobre são infinitamente reciclados, mas e as terra raras, etc?