FALTA DE LICENÇAS AMBIENTAIS DIMINUI CONCORRÊNCIA EM LEILÃO DA ANEEL

O leilão de linhas de transmissão e subestações de energia organizado pela Aneel apresentou deságio médio de 22,74% em sua carteira de negociações, e terminou com as subsidiárias da Eletrobrás a frente da maior parte de arremates. Das 14 linhas de transmissão oferecidas na negociação, a Eletronorte e a Chesf levaram nove.

A falta de concorrência no leilão foi avaliada pelo mercado como fruto da insegurança em relação a possíveis contratempos durante a instalação dos projetos, já que muitos deles passam por áreas indígenas e o processo de licenciamento ambiental ainda não havia sido concluído.

Foram 2 mil quilômetros comercializados, divididos em 14 linhas de transmissão, além de 12 subestações oferecidas no leilão. O maior empreendimento ficou com o consórcio Boa Vista, formado pela Eletronorte (49%) e pela Alupar Investimentos (51%), responsável pela construção de duas subestações e duas linhas de transmissão para ligar Amazonas e Roraima. O projeto teve a receita anual limitada em R$121,1 milhões e pretende diminuir a dependência da energia elétrica que vem da Venezuela.