FALTA DE MOTORISTAS DE CAMINHÕES PODE POR EM RISCO PRODUÇÃO DE PETRÓLEO DE XISTO NOS ESTADOS UNIDOS

O crescimento da produção da Permian, no Texas, o principal impulsionador da revolução do xisto,  pode ser limitado não por restrições geológicas ou tecnológicas, mas por uma escassez de motoristas de caminhões para transportar os crescentes volumes de petróleo bombeados para fora das áreas para tubulações e centros de armazenamento. Com a recuperação dos preços do petróleo e a crescente produção da Permian, as empresas estão buscando contratar caminhões depois de ter demitido muitos deles após o crash do preço do petróleo em 2014.

Os caminhoneiros,  no entanto, estão escassos. Primeiro, porque alguns deles não estão voltando para a indústria do ciclo de produção de petróleo.  Segundo, porque os motoristas de caminhão estão preocupados com o fato de as empresas não estarem pagando tanto quanto fizeram há três anos.  Ao ritmo em que está aumentando a produção de petróleo, as empresas precisarão contratar mais de 3.000 motoristas de caminhão, em cima dos 3.000 motoristas que atualmente têm para transportar barris de petróleo de xisto. A Permian este ano superou o recorde anual anterior e bombeou cerca de 815 milhões de barris de petróleo bruto, superando o recorde de 790 milhões de barris,  em 1973. Até o final deste ano, produzirá 2,75 milhões de bpd. Pelo menos é esta a expectativa.

Como o xisto americano está de volta ao modo de crescimento, a demanda por caminhões está em alta, e em algumas áreas já está criando uma falta de mão-de-obra, especialmente na Bacia do Delaware. A produção não é susceptível de ser abrandada ou fechada, mas a recontratação de motoristas pode demorar mais do que as empresas precisam. Os caminhoneiros desconfiam dos orçamentos de aperto do cinto das empresas e se preocupam com o fato de que não receberão o pagamento tão alto quanto em 2014.