FALTA DE PAGAMENTOS PROVOCA NOVA CRISE NO ESTALEIRO RIO GRANDE
Um novo capítulo da novela envolvendo a discussão de pagamentos entre a Petrobrás, suas terceirizadas e os trabalhadores começa a chamar a atenção nesta quinta-feira (12), agora no Rio Grande do Sul. Enquanto operários se unem a empresários no Comperj para tentar sensibilizar a Petrobrás, membros do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Metalmecânica do Rio Grande (STIMMMERG), junto a funcionários do Consórcio Queiroz Galvão, responsável pela construção da plataforma P-58, foram à Câmara de Vereadores de Rio Grande contar a situação por que vêm passando pela falta de pagamento de rescisões e direitos trabalhistas.
A mobilização se segue à manifestação realizada pelos operários no feriado do dia 20 de novembro, quando o diretor de engenharia da estatal, José Antônio Figueiredo (foto), precisou interromper seu momento de descanso para ir até o Rio Grande negociar com os trabalhadores. Na data, o diretor se comprometeu, junto ao consórcio, em pagar o adiantamento salarial e as rescisões devidas, mas o sindicato reclama que a promessa não foi cumprida.
As reclamações vão desde a falta de pagamento dos direitos trabalhistas até atrasos na quitação de dívidas com hotéis onde os trabalhadores ficam hospedados, incluindo problemas com restaurantes que se queixam de não receber pelas refeições fornecidas e operários com dificuldades para conseguir retornar a suas cidades natais.
Os trabalhadores chegaram a pensar em fazer uma grande manifestação, mas o sindicato conseguiu se reunir com representantes da Petrobrás e do consórcio nos últimos dias em busca de uma alternativa. De acordo com o sindicato, a estatal se comprometeu a dar uma solução em 24 horas e os trabalhadores aceitaram esperar o prazo antes de tomarem medidas mais radicais.
Procurada pelo Petronotícias, a Petrobrás não respondeu até o fechamento da reportagem, prometendo uma posição oficial até amanhã (13).
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